Balas perdidas mataram oito em Fortaleza

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Balas perdidas mataram oito em Fortaleza | Diário do Nordeste
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Balas perdidas t?m deixado um rastro de sangue nas ruas de Fortaleza e da Regi?o Metropolitana. Mensalmente, os hospitais p?blicos da Capital - e especialmente o Instituto Doutor Jos? Frota - atendem a dezenas de casos de pessoas feridas por disparos de arma de fogo. Contudo, n?o h? uma estat?stica oficial sobre o fato. Por?m, o Di?rio do Nordeste constatou que, pelo menos oito pessoas morreram este ano, depois de terem sido alvejadas em via p?blica.

As circunst?ncias em que os crimes ocorreram s?o bem diversas. O primeiro caso de 2007, registrado no dia 3 de fevereiro, teve como v?tima Jos? Alberto Silva Paix?o. Ele morreu depois de receber um tiro quando passava nas proximidades da Rua Grito de Alerta, bairro da Col?nia (Zona Oeste da Capital). L? estava ocorrendo uma briga de gangues.

Ainda naquele mesmo m?s, no dia 20, o estudante F?bio Gon?alves de Almeida, de apenas 13 anos, recebeu um tiro, por acidente, no momento em que um soldado da Pol?cia Militar e outro homem tentavam acertar um inimigo, na Barra do Cear?. Os disparos a esmo em via p?blica atingiram tamb?m o pedreiro Carlos Alberto Rufino de Sousa e a estudante Ana K?lvia de Lima, de 12 anos, socorridos com vida.

Seq?estro

Houve ainda, em 3 de maio deste ano, um seq?estro-rel?mpago que terminou em trag?dia. Sebasti?o Mendon?a Moreira, de 35 anos, passeava de bicicleta pelo bairro Pan-Americano quando uma bala perdida o atingiu. Estava havendo um tiroteio entre assaltantes que executavam um seq?estro-rel?mpago e policiais militares. Sebasti?o passou justamente naquela hora.

Outra briga de gangues, em 25 de maio, resultou na morte de Hildene de Sousa. Ela recebeu dois tiros. Em 12 de junho, o universit?rio Ant?nio Neilton Farias, de 24 anos, foi atingido por um tiro na cabe?a, sentado, no banco de uma topique.

O jovem voltava para casa quando o ve?culo foi invadido por assaltantes. Durante o roubo, policiais militares cercaram a topique e dispararam v?rios tiros. Uma das balas foi de encontro ao jovem.

Foi por causa de um dep?sito banc?rio que a dona-de-casa Marinete Marques de Mesquita, de 59 anos, perdeu a vida este ano. No dia 30 de julho de 2007, Marinete saiu de sua resid?ncia e foi at? a ag?ncia do Banco do Brasil do bairro da Parangaba, para fazer um dep?sito. Na sa?da do banco, a dona-de-casa se deparou com um confronto entre assaltantes e policiais militares. N?o teve tempo de se abrigar das balas que eram disparadas em plena cal?ada da ag?ncia banc?ria. Recebeu um tiro, foi socorrida mas n?o resistiu.

Pouco mais de dois meses depois, a vida de outro cidad?o foi interrompida de maneira triste. Francisco de Assis Palmeira Filho, de 54 anos, mestre-de-obras, tinha o h?bito de sentar na cal?ada defronte ao seu pequeno com?rcio, no bairro Olavo Oliveira.

No dia 14, ele estava na companhia de amigos, jogando damas, quando policiais militares entraram na rua, perseguindo assaltantes. Os bandidos tinham roubado uma farm?cia e fugiam. Tiros, correria. O mestre-de-obras foi baleado no cora??o. Leonardo Coelho Sales, motorista e amigo de Francisco, foi atingido por um tiro que perfurou suas pernas.

O ?ltimo caso fatal foi o da estudante Patr?cia Andrade da Silva, 15 anos. A garota levou um tiro no abdome quando estava na porta de casa, no bairro Pirambu. Foi mais uma v?tima do fogo cruzado entre bandidos armados.

Outro epis?dio semelhante, que est? sendo investigado, ? o da adolescente Cleiciane Duarte. Ela permanece internada, em estado grave, no Instituto Doutor Jos? Frota. A garota foi baleada dentro de casa, no bairro Quintino Cunha.

Apura??o

O caso est? sendo apurado pela Pol?cia Civil e, paralelamente, pela Corregedoria Geral dos ?rg?os da Seguran?a P?blica. Na semana passada, a delegada Lindalva Lima, titular do 17? DP (Vila Velha) concluiu o inqu?rito.

TIRO

Garota gr?vida foi baleada na varanda de sua resid?ncia

Se o n?mero de ?bitos preocupa, o de pessoas feridas, que sobreviveram aos ferimentos ? bala ? muito

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