A Bahia registrou o primeiro caso de morte causada por Influenza A H3N2 nesta quarta-feira (15). Segundo a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, a vítima era uma mulher de 80 anos residente de Salvador.
A vítima não estava vacinada contra a Influenza. No entanto, a vacina contra a gripe ainda não tem uma ação contra esta versão específica do vírus Influenza A H3N2 que tem causado surtos pelo Brasil, a variante Darwin.
Até o começo da tarde, no último boletim divulgado pela Sesab, a Bahia havia registrado 93 casos de Síndrome Gripal (SG) com resultado positivo para Influenza A H3N2. Os dados levavam em conta os casos registrados até a última terça-feira (14).
Destes, 15 evoluíram para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e necessitaram hospitalização. De acordo com o último boletim divulgado pela Vigilância Epidemiológica Estadual, dos casos de H3N2 que necessitaram de internação, 14 são residentes em Salvador e 1 em Lauro de Freitas, com idades entre 9 a 85 anos.
Em relação ao município de residência dos casos de síndrome gripal que não necessitaram de internação, 74 são de Salvador, cinco de São Sebastião do Passé, três de Catu, dois de Itapebi e um de cada um dos seguintes municípios: Alagoinhas, Eunápolis, Feira de Santana, Gandu, Lauro de Freitas, Macajuba e Vitória da Conquista. Dois casos são oriundos de outro estado.
Segundo o alerta emitido pela Vigilância Epidemiológica Estadual, as equipes de saúde devem estar atentas para a necessidade de intensificação das ações de vigilância dos casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Há recomendação também para a intensificação vacinal nos municípios que dispõem de estoque, com oferta da vacina influenza para os grupos prioritários não vacinados durante a campanha de 2021.
Surto de gripe no Brasil
Após os casos de gripe se alastrarem no Rio de Janeiro e na Bahia, os estados de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais também estão em alerta contra os vírus da família Influenza. A tendência é que eles se espalhem favorecidos por um cenário que inclui grande circulação de pessoas, baixa cobertura vacinal e poucos indivíduos com anticorpos adquiridos em infecções anteriores.
No Distrito Federal, ainda não há registros oficiais sobre surtos relacionados aos vírus Influenza, mas a infectologista Ana Helena Germoglio afirma que os casos já estão chegando aos hospitais. “Estamos percebendo um aumento de casos de síndromes gripais em que os testes dão negativo para Covid-19”, afirma.
Os vírus Influenza costumam se disseminar no inverno mas, como nos dois últimos anos, a circulação de pessoas nas ruas foi menor do que o costume por causa da pandemia de Covid-19, os patógenos encontraram espaço para se disseminar agora que as pessoas estão retomando à vida normal.
O Influenza compreende 3 tipos de vírus A, B e C. Os mais importantes são os vírus Influenza A e B. Nos vírus Influenza A se destacam os subtipos A/H1N1 e A/H3N2. Os vírus Influenza B apresentam 2 subtipos. Os atuais surtos parecem estar relacionados ao H3N2.