O comando da Aeronáutica informou neste sábado que o avião-radar R-99 deixará de ser utilizado nas buscas pelo voo 447 que caiu no dia 31 de maio com 228 pessoas a bordo. Até o momento, 50 corpos foram localizados.
Segundo o comando brasileiro, o R-99, especializado em buscas noturnas, deixará de ser usado uma vez que a área que concentra os destroços já está "bem delineada", não necessitando mais do trabalho de imageamento feito pelo R-99 que já realizou mais de cem horas de buscas pelo Airbus.
Neste sábado, as buscas aconteceram normalmente, mas nenhum destroço ou corpo foi localizado pelas equipes, informou o comando brasileiro. O último corpo encontrado no oceano está a bordo do Navio-Tanque Almirante Gastão Motta e deve chegar a Recife (PE) na próxima segunda-feira (22).
Também será entregue a representantes da Polícia Federal e do IML (Instituto Médico Legal) pequena quantidade de destroços e bagagens, além de um saco de "despojos" foi retirado do oceano e está sendo levado para Recife, porém, ainda não há confirmação de que os materiais sejam partes dos corpos de vítimas da tragédia.
Associação
Na manhã de hoje, parentes das vítimas do Airbus se reuniram no Rio e decidiram oficializar a criação da Associação das Vítimas do Voo 447. De acordo com Nelson Faria Marinho, pai de uma das vítimas, a nova associação pretende interagir com a organização criada na França, a Associação pela Verdade e pela Defesa dos Direitos das Vítimas do Voo AF 447.
"Recebemos também o contato de uma associação na Alemanha para dar suporte aos parentes", afirmou Marinho, que diz acreditar que "unindo forças, fica mais fácil" reivindicar os direitos das famílias que perderam parentes.
Estavam presentes na reunião 13 famílias, além de dois representantes de duas outras associações de parentes de vítimas de desastres aéreos --o do Airbus da TAM em 2007 e o do Fokker 100 da TAM em 1996, ambos em São Paulo-- que compareceram para dar apoio, inclusive, na formulação do estatuto da nova entidade que surge.