Avenida Marechal Castelo Branco ganhará ciclovia

A obra faz parte do circuito integrado de ciclovias que está sendo executado nas margens do Rio Poti

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Iniciou esta semana a obra para implantação de uma ciclovia na Avenida Marechal Castelo Branco. A obra integra uma das ações traçadas pelo projeto ?Operações Ciclovias Parque do Poti? elaborado pela Secretaria Municipal de Planejamento (Semplan)- e executado pela Strans. Estas operações têm a meta de implantar ciclovias integradas no circuito entorno do Rio Poti, que abrange avenidas como a Raul Lopes e as Pontes da Primavera e Wall Ferraz.

De acordo com o gerente de projetos da Semplan, Valério Araújo, o foco é completar esta área que é mais esportiva e destinada a contemplação do rio. Porém acrescenta que as ciclovias devem expandir para além dessa área e explica que os novos projetos em avenidas em Teresina pretendem inserir ciclovias. ?Todos os projetos da prefeitura vão priorizar ciclovias, pistas de cooper, paradas de ônibus e mobiliário urbano mais contemporâneo?, declara.

A gerente de articulação e planejamento urbano, Gabriela Uchôa, complementa que estas áreas que contornam o Poti deverão ser interligadas a outras ciclovias que serão instaladas em outros pontos da cidade, como a Avenida dos Ipês, a Presidente Kennedy e a Duque de Caxias.

Além da pintura da ciclovia, para a travessia da Avenida. Marechal Castelo Branco será feita uma área de proteção do ciclista enquanto aguarda o melhor momento para sua travessia segura. O acesso entre a Avenida Marechal Castelo Branco e Ponte Petrônio Portella vai ser feito com um retorno que segue pela avenida Petrônio Portella.

Quando houver pontos de ônibus no trecho, a ciclovia será desviada de modo a passar atrás das paradas, garantindo segurança no embarque e desembarque dos passageiros. Em um trecho próximo a ponte, nas imediações de um bar na beira do rio serão instaladas sinalização vertical, comunicando que neste trecho é permitido estacionamento de automóveis a partir das 21h, devido a demanda noturna do estabelecimento.

Diante dos problemas de mobilidade urbana, as ciclovias vêm como uma alternativa saudável e ecológica aos congestionamentos em Teresina, que já está com sua estrutura viária saturada com o aumento da frota de veículos. O último levantamento feito pelo Detran - PI, em maio deste ano, aponta que Teresina possui 358.323 veículos, sendo 125.070 motocicletas.

Teresina terá velódromo

Teresina terá um dos sete velódromos, espaço para prática do ciclismo, que serão construídos no Brasil, pelo Ministério dos Esportes, que financiará 95% da obra, com contrapartida da Prefeitura Municipal de Teresina. Segundo o secretário Municipal de Esporte e Lazer, Galba Coelho, todo o processo necessário para a construção do velódromo já está sendo realizado.

A intenção do secretário da Semel é que esse espaço para os ciclistas seja construído nas proximidades do setor de esportes da Universidade Federal do Piauí. Para isso, a equipe da Semel já está conversando sobre essa possibilidade com a reitoria da UFPI. ?Nós queremos que seja construído nesse espaço porque fica perto da Potycabana e da Raul Lopes, onde já é praticado ciclismo, caminhada e corrida?, argumentou.

Já o presidente da Federação Piauiense de Ciclismo reclama da demora dessas negociações e diz que teme que Teresina perca esse financiamento. ?Esse velódromo será muito importante para a prática do ciclismo em Teresina. Quando ele for construído, vamos decidir de que forma ele será usado, mas servirá tanto para atletas profissionais como para os amadores?, disse George.

Espaços para a prática de esportes ainda são insuficientes

Apesar de estar crescendo o número de adeptos de vários esportes em Teresina, a capital piauiense não oferece espaço suficiente para a prática de muitos deles. O ciclismo é um dos mais prejudicados, com a falta de ciclovias, mas não é o único. Amantes de outras modalidades, como o rapel e o caiaque, também não encontram as melhores condições para a prática da atividade.

?A prática de rapel foi proibida na Ponte Estaiada, local onde o esporte era bastante praticado e bem divulgado, já que o espaço é bastante movimentado. Já o caiaque é complicado de ser praticado nos rios que cortam Teresina, por causa da poluição. No Parnaíba, só dá para praticar nas proximidades de Nazária. Quando chega em Teresina, muitas bocas de esgoto desembocam no rio. Já no rio Poti só é viável depois da Curva São Paulo, em direção a Demerval Lobão?, pontuou Maurício Sepúlveda.

Já o slackline, apesar de ter sido proibido de ser praticado por um período na Nova Potycabana, não é um esporte que exige muito para viabilizar sua prática. Hoje ele já está sendo praticado novamente no local e em vários outros espaços públicos da capital. ?Ele pode ser praticado em qualquer espaço aberto, basta que tenha duas árvores e a tira?, completou Maurício.

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