Pago a pessoas em situação de vulnerabilidade, o auxílio emergencial alcançou trabalhadores sem renda. No entanto, conforme conclusão de fiscalização feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), os altos índices de pagamentos indevidos resultaram em desperdício de dinheiro público.
O balanço parcial da fiscalização foi apresentado em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados em evento solicitado pelo presidente do colegiado, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).
Segundo o TCU, R$ 54,7 bilhões foram pagos indevidamente a beneficiários que sacaram o auxílio e não estavam dentro dos critérios de elegibilidade. São, por exemplo, servidores públicos (civis e militares) ou beneficiários da Previdência Social.
O cruzamento de dados em cadastros governamentais e nas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feito pelo TCU e outros órgãos de controle, como a Controladoria-Geral da União (CGU), permitiu o cancelamento de 3,7 milhões de benefícios, resultando em uma economia de R$ 8,8 bilhões.
O auxílio emergencial foi criado inicialmente pelo Congresso Nacional. A boa recepção entre a população levou o governo federal a baixar medidas prorrogando o benefício.