O governo federal começou a pagar nesta quarta-feira (17) o Auxílio Brasil, programa que substitui o Bolsa Família. No Piauí, agências da Caixa Econômica Federal registraram longas filas durante a manhã.
A agência localizada na Avenida José dos Santos Costa e e Silva, no Centro de Teresina, a população enfrentou uma longa fila e aglomeração para tirar dúvidas sobre novo programa. Josefa Bezerra, desempregada, saiu às 6h40 de casa para regularizar o cartão e saber sobre as datas do auxílio. Devido à dificuldade para conseguir um ônibus, a mulher chegou à agência por volta das 8h15.
"Meu cartão está com problemas e eu não sei como resolver e nem como fazer para receber o auxílio, preciso ficar vindo aqui para pedir ajuda ao pessoal da Caixa. Saí cedo e sem hora para chegar em casa, muito sofrimento", disse.
No local, alguns pais com crianças de colo foram em busca de cadeiras para suportar o tempo de espera. Com a fila ultrapassando o espaço da agência, parte das pessoas ficou em meio ao sol escaldante. "Não teve jeito, essa era agência mais perto e a gente não tem condição de ir em busca de agências vazias. Eu vim só saber como eu faço para receber esse auxílio ou se vou perder o meu, o Bolsa Família", contou o pedreiro Vanderlei Mourão.
Duas agências da cidade Picos, distante a 314 km de Teresina, também registraram grande movimentação de pessoas. A mesma situação foi vista em pelo menos 3 agências em Bom Jesus, distante 632 km ao Sul de Teresina.
De acordo com governo federal, cerca de 460 mil famílias piauienses atualmente têm direito de receber o Auxílio Brasil. Além disso, mais 55 mil podem ser beneficiadas após inclusão no CadÚnico. Em Teresina, são 73 mil famílias aptas a receber. Este foi o primeiro dia de pagamentos do Auxílio Brasil em todo o país.
O governo reajustou o valor médio do benefício pago em 17,84%, para R$ 217,18. Nesta etapa, o pagamento é para beneficiários com o Número de Inscrição Social (NIS) com final "um". O calendário do primeiro mês vai até o dia 30 de novembro e beneficiará 14,6 milhões de pessoas que já faziam parte do antigo programa, sem a necessidade de realizar recadastramento, com valor médio de R$ 217,18 mensais.