Cláudia esteve na UPA na sexta-feira (4) para acompanhar a esposa, a cozinheira Marta José do Nascimento Nunes Spagnol, de 53 anos, então com suspeita de caxumba. Elas alegam terem sido destratadas por funcionários, enquanto aguardaram por quase 10 horas o diagnóstico de uma médica que, segundo ambas, nem olhou para a cara delas.
"Eu tenho pânico de hospital, mas eu já estava há dois dias com febre e com dor. Eu fui até lá, pois realmente precisava e não aguentava mais. Queria um remédio", contou a paciente. Ao ser atendida na recepção, ela disse ter preenchido um formulário e aguardou a consulta com o médico, o que ocorreu depois das 16h.
Indignadas, Cláudia e Marta chegaram em casa na noite de sexta-feira ainda sem acreditar pelo o que passaram. Elas escreveram um desabafo em uma rede social, que repercutiu na internet junto com as imagens que mostram a auxiliar de enfermagem fazendo o gesto e as ameaçando de processa-la pela filmagem.
O secretário de Saúde de Itanhaém, Fábio Crivellari Miranda, informou, por meio da assessoria de imprensa, que a funcionária autora do gesto é uma auxiliar de enfermagem. A Prefeitura afirmou ainda que um procedimento administrativo vai ser aberto na próxima semana para apurar o ocorrido na UPA. Os envolvidos serão ouvidos.
"Eu nunca tinha passado por isso na minha vida. Aquele lugar é um horror. Eu entendo que é difícil para todo mundo, mas me senti ali como se estivesse pedindo um favor. A prepotência dela, que não sabíamos se era recepcionista, enfermeira ou médica, ficou clara", desabafa Cláudia.