Atos de vandalismo em protesto nos canteiros em Fortaleza

Destruição de tapumes, incitação e intimidação marcaram a greve da construção civil no Ceará

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Cerca de tr?s mil trabalhadores, de acordo com n?meros de dirigentes do Sindicato da categoria, participaram, ontem, de mobiliza?es e piquetes em frente a obras de constru??o civil. O ato aconteceu no primeiro dia de greve dos oper?rios, que est?o em campanha salarial.

Embora os protestos tenham se concentrado na ?rea da Aldeota, principalmente na Pra?a Portugal, houve piquetes em 15 pontos da cidade, em que os trabalhadores da constru??o civil protestaram pelo n?o atendimento de reivindica?es salariais e benef?cios.

Foi na Aldeota, no entanto, que o ato se exacerbou por alguns militantes, que agrediram verbalmente a equipe de reportagem do Di?rio do Nordeste. O rep?rter fotogr?fico Gustavo Pellizzon chegou a ser amea?ado de agress?o f?sica, ao flagrar situa?es de desordem e ataque ao patrim?nio particular.

Os protestos come?aram ainda pela madrugada, conforme o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Constru??o Civil, Wilson Silva Nascimento. Ele disse que a manifesta??o foi uma conseq??ncia do n?o atendimento do patronato aos pleitos dos oper?rios, entre os quais se destacam um reajuste de 17%, piso salarial de R$ 770,00, jornada de trabalho de 42 horas semanais e fim do trabalho aos s?bados.

Segundo Nascimento, essa pauta estava sendo negociada desde fevereiro com o Sindicato das Empresas da Constru??o Civil (Sinduscon). ?Sa?mos frustrados das negocia?es e da? que recorremos a greve?, afirmou o diretor. Um dos piquetes come?ou na Pra?a Portugal. O primeiro canteiro abordado, por um dos grupos em que esteve presente Nascimento, foi no cruzamento das ruas Pereira Valente e Leonardo Mota. Ali, os trabalhadores da obra foram dissuadidos a abandonar o trabalho.

Contudo, a situa??o mais tensa aconteceu na Avenida Dom Lu?s, ? altura do n?mero 606. Como alguns oper?rios n?o atenderam aos apelos do piquete, houve apedrejamento e a derrubada de tapumes.

Em seguida, os manifestantes seguiram pela Avenida Desembargador Moreira, onde mais ? frente, encontraram mais grevistas, formando um bloco de centenas de trabalhadores e militantes vestidos com as camisas do PSTU. Portando faixas e cartazes, os ?nimos foram se exaltando e, por mais uma vez, a obra na Avenida Dom Lu?s foi alvo de ataques.

Dessa vez, houve incitamento de um diretor do sindicato, que n?o se identificou, informando que a equipe de reportagem estaria a servi?o dos patr?es?. O fot?grafo Gustavo Pellizzon foi cercado por manifestantes, que enfurecidos dirigiram palavras agressivas.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores, Nestor Bezerra, disse que a rea??o ?foi natural e n?o teve conota??o pol?tica?. Ainda por volta do meio-dia, foram servidos aos manifestantes p?o e rapadura.

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