Um atentado com carro-bomba matou ao menos 19 pessoas e feriu outras 15, segundo a agência EFE, na Praça Al Gadir, perto da conhecida Praça Tahrir, no centro antigo de Damasco, capital da Síria, na manhã deste domingo, 2. O número de vítimas ainda não foi oficializado pelas autoridades. A agência Reuters informa que sete morreram e 13 ficaram feridos e a AFP, 18 faleceram.
Entre os mortos, figuram pelo menos sete membros das forças de segurança governamentais, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que ainda não tinha identificado as demais vítimas. Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque até agora.
Forças de segurança impediram que os militantes chegassem aos alvos planejados, onde teriam causado mais mortes, informaram as autoridades à Sana, a emissora de TV estatal síria. Ainda segundo os policiais, os suicidas esperavam atingir áreas com grande tráfego de pessoas no primeiro dia de volta ao trabalho após o feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã.
Em entrevista por telefone à emissora saudita Al-Ikhbariya, o chefe da polícia de Damasco, Mohamad Kheir Ismail, informou que os três veículos foram identificados e perseguidos em uma rodovia. De acordo com o Ministério do Interior, os dois primeiros veículos foram interceptados em um posto de controle na estrada que liga ao aeroporto e detonados de forma controlada. O outro carro conseguiu chegar ao centro da cidade, onde foi acionado por um suicida após ser cercado pelas forças policias.
Estes são os primeiro atentados graves na capital síria desde março. No dia 15, dois ataques suicidas, reivindicados pelo EI, mataram dezenas de pessoas, a maioria delas no Palácio de Justiça, perto da Cidade Velha. Em 11 de março, um outro atentado duplo vitimou pelo menos 44 peregrinos iraquianos xiitas. Estas explosões foram de autoria da aliança de insurgentes islâmicos Tahrir al-Sham, que é encabeçada pelo grupo jihadista ante conhecido como Frente Al-Nusra.
A cidade é a sede do governo um reduto das forças pró-ditador Bashar Al-Assad - por isso ataques na cidade são considerados raros. Mesmo assim, as forças de Al-Assad têm lutado contra rebeldes na cidade de Ain Terma, a poucos quilômetros da capital síria.