Com a mudança climática é comum o aumento das ocorrências de Infecções das Vias Aéreas (IVAs) e, consequentemente, do aumento dos atendimentos nas urgências e emergências da capital. As causas são diversas: vírus, bactérias, tabagismo, exposição a alérgenos (ácaros, poeira e fungos), poluição ambiental e pelos de animais.
De acordo com o médico pediatra Alberto de Almeida, diretor técnico do Pronto Atendimento Infantil 24h da Unidade Unimed Ilhotas, no período de chuvas o número de atendimentos mensais na urgência e emergência aumenta. “Isso resulta em uma média de mais de 200 crianças atendidas diariamente e a maioria dos casos são diagnósticos relacionados a infecções das vias aéreas”, conta.
Em decorrência do período crítico, a Unidade Unimed Ilhotas ampliou a equipe médica no plantão e adotou o protocolo de classificação de risco, validado internacionalmente e recomendado pelo Ministério da Saúde. “Nossa equipe médica é formada 100% por pediatras e, nesse período, vimos a necessidade de aumentar a equipe, especialmente nos horários de pico, que são durante o dia. Ainda assim, estamos tratando de um período do ano em que há, de fato, um aumento significativo da procura por atendimento e que deve normalizar nos próximos meses”, explica o médico. A classificação é dinâmica, ou seja, se o paciente piorar durante a espera, ele será reclassificado.
Classificação de risco
Por meio do protocolo classificação de risco, o paciente passa por uma avaliação antes do atendimento médico e recebe uma pulseira colorida, de acordo com a gravidade do seu caso, o que resulta em um tempo limite de espera para sua segurança. “As pessoas devem se conscientizar de que o atendimento deve ser feito de acordo com o potencial de risco e o grau de sofrimento dos pacientes, e que isso é garantia à vida”, alerta Alberto.