A arte do Piauí pede passagem e passeia por lugares únicos durante o XVII Circuito Internacional de Arte Brasileira ( XVII CIAB ). Realizado pela curadora geral e criadora do evento, Iolanda Gontijo, ele é desenvolvido pelo Colege Arte, de Belo Horizonte, e conta com o apoio institucional do Ministério das Relações Exteriores e das secretarias municipais e culturais de cada local onde são realizadas as exposições.
O projeto visa divulgar a arte brasileira na Europa, Ásia, América Latina e no Caribe, possibilitando contatos com galerias, críticos de arte, colecionadores, artistas plásticos, apreciadores das artes e prováveis compradores. Dele participam artistas plásticos de mais de vinte estados brasileiros além da representação do Distrito Federal.
O Piauí é um dos estados que têm marcado presença, destacando uma arte diversificada que não fica limitada só a temas daqui. Pelo contrário, revela a riqueza de um povo que tem a brasilidade presente na culinária, na flora e na fauna.
Entre os artistas locais que participam estão Cecília Mendes, Elisabeth Nogueira, Alda Veloso, Lisiane Lages, Mercês Sérvio, Jacira Alves, Delma Braga e Nasaré Castelo Branco. A exposição tem a curadoria de Josefina Gonçalves.
O XVII CIAB passa por algumas cidades do exterior, mas sem deixar de circular também em território nacional. Ele acontece em Budapeste, na Hungria, no Centro Cultural Brasil Hungria, de 31 de agosto a 06 de setembro de 2012. Já em Haia, Holanda, a exposição é de 8 a 13 de setembro, Galerie 91. E em Amsterdã, na Holanda, será de 15 a 22 de setembro.
A etapa brasileira do circuito acontece de 11 a 21 de outubro, na cidade de Maringá, Paraná. A exposição passa primeiro pelo Museu de Maringá. O circuito chama a atenção por ser não só um evento que reúne profissionais das artes, mas dá oportunidade também para novos talentos mostrarem suas potencialidades. ?Participam pessoas tanto que são autodidatas como acadêmicos. Todos têm como fazer parte do circuito?.
E a brasilidade está presente em cada tela. O colorido se mostra forte em nuances intensas que revelam alegria: marca maior do Brasil. E foi justamente essa cara alegre que os artistas procuraram explorar.
O resultado não poderia ter sido melhor. São telas divertidas que mostram a baiana, as etnias, as frutas e muito mais. Vai do figurativo ao abstrato. A julgar pelas outras edições, essa participação piauiense deve fazer bonito.
Elisabeth Nogueira participa pela quinta vez do circuito e conta que nesta edição deu destaque a biodiversidade brasileira. ?O tema é livre, mas pensei em trabalhar dessa forma minhas telas. Eu pinto há 12 anos e comecei como autodidata?.
Assim como ela, quem também fala de brasilidade é Mercês Sérvio, que tem a natureza como sua inspiração. Já Nazaré Castelo Branco, outra expositora, irá mandar imagens de índias, mostrando a riqueza dos povos que fazem do Brasil esse país de tantas misturas.
Além da mostra, os visitantes recebem um catálogo com todas as obras expostas, o que de certa forma faz com que as telas ganhem mais visibilidade durante o evento.
Josefina conta que foi feita uma seleção dos trabalhos e que antes aconteceu a divulgação para que as pessoas interessadas em participar pudessem inscrever suas telas. ?Abrimos as inscrições e depois foi feita uma seleção. Muitos artistas não participam porque precisam buscar um patrocínio, parcerias e eles não vão atrás disso?, finaliza.