A arrecadação das receitas federais somou R$ 1,457 trilhão, em 2018, informou hoje (24) a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Economia. O crescimento real (descontada a inflação) chegou a 4,74%, na comparação com 2017. É o maior resultado desde 2014, quando ficou em R$ 1,532 trilhão (valor corrigido pela inflação de dezembro de 2018).
Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, ao aumento da arrecadação ocorreu devido à retomada do crescimento econômico e do emprego. “Tivemos aumento de 2,82% na massa salarial. Aumentando o emprego, aumenta a renda para consumo”. Com o aumento do consumo, aumenta também a arrecadação, explicou Malaquias.
As receitas administradas pela Receita Federal (como impostos e contribuições) chegaram a R$ 1,398 trilhão, com aumento real de 3,41%.
Em dezembro, a arrecadação total chegou a R$ 141,529 bilhões, com queda real de 1,03% em relação ao mesmo mês de 2017.
Segundo Malaquias, em dezembro de 2018, comparado ao mesmo período do ano anterior, houve redução da arrecadação com o Programa de Regularização Tributária. Isso porque em 2017, os contribuintes que aderiram ao programa, pagaram uma parcela de entrada, o que não ocorreu em 2018. Outro feito relacionado a dezembro, foi a redução da tributação do diesel.
Desonerações
Em 2018, as desonerações concedidas pelo governo levaram à renúncia fiscal de R$ 84,239 bilhões, acima do valor registrado em 2017 (R$ 83,643 bilhões). Somente a desoneração da folha de pagamentos chegou a R$ 11,992 bilhões.