Aprenda a fazer a manutenção no carro para as férias; confira

Carro Hoje aponta os itens que devem ser vistos; baixe aqui uma lista e faça você mesmo

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As férias são sinônimo de viagem com a família e, várias vezes, carro na estrada. Mas, para não correr riscos de ficar com o veículo com algum problema no acostamento antes de chegar ao destino, é preciso deixá-lo em ordem.

A manutenção em dia ainda está longe de ser um costume brasileiro, que só cuida do carro quando ele quebra. Segundo o Grupo de Manutenção Automotiva (GMA), formado por entidades que representam a indústria de reposição, apenas 42% dos motoristas com carros entre um e 20 anos de vida fazem revisões preventivas.

“É pouco. Afinal, 30% dos acidentes são provocados por automóveis com defeitos mecânicos”, revela o coordenador da entidade, Antônio Carlos Bento. Isso representa cerca de 40.000 mortes por ano causadas, principalmente, por falhas nos itens de segurança, como freios, rodas, pneus e suspensão.

Não vale a pena economizar em revisões periódicas e preventivas. Como também não é vantajoso pagar menos por peças de origem duvidosa, que podem comprometer a segurança. Nas férias, a importância das revisões e da qualidade das peças é ainda maior.

Com o tráfego intenso, o veículo é colocado sob condições severas de uso, precisando de cuidados redobrados com o sistema de arrefecimento, a embreagem e também com o óleo de lubrificação do motor. Com a assessoria do GMA, destacamos, a seguir, os principais itens que devem ser revisados no período de férias.

Para colocar a mão na massa, clique aqui e baixe gratuitamente uma lista de itens que devem ser verificados. Confira tudo e pegue a estrada com segurança.

1. Sistema de freio

Troque o fluido de freio uma vez por ano. Uma reação química faz com que ele absorva a umidade do ar e perca a eficácia, comprometendo o funcionamento do sistema. As pastilhas de freio precisam ser trocadas conforme a quilometragem estipulada no manual do proprietário. Do contrário, o disco pode ser danificado.

2. Pneus

Regulagem e calibragem devem ser feitas seguindo recomendação do manual. Os pneus e o estepe devem estar em boas condições de uso. Faça o rodízio de pneus a cada 10.000 km rodados, garantindo uma vida útil maior.

Ao realizar o rodízio, é importante balancear e alinhar as rodas para evitar o desgaste prematuro dos pneus — cujo mau estado pode aumentar o consumo de combustível. Com esse cuidado, toda a suspensão do veículo também é inspecionada, o que permite, consequentemente, o diagnóstico preventivo dos amortecedores.

Pneus carecas e falta de estepe (ou este sem condições de uso) são consideradas infrações graves (cinco pontos na carteira de habilitação).

3. Sinalização

Verifique o funcionamento das luzes das lâmpadas das lanternas dianteiras, traseiras, de freio e ré, fazendo a substituição das que estiverem queimadas. Além de dificultar a sinalização e oferecer riscos de acidentes, lâmpadas queimadas são consideradas infração média (quatro pontos na carteira).

4. Faróis

Faróis desregulados dificultam a visibilidade do motorista e podem ofuscar a visão de quem vem na direção contrária. É possível fazer um teste visual para averiguar se os faróis estão regulados: basta acendê- los e estacionar o carro em frente a uma parede a uma distância de três metros.

As luzes projetadas permitem verificar o alinhamento dos focos dos faróis. Até mesmo o excesso de peso na traseira ou na dianteira do veículo pode afetar a direção do facho de luz. Com o tempo, as lâmpadas perdem a potência e ficam mais fracas.

A troca deve ser feita, sempre aos pares, a cada 50.000 km. Trafegar com o farol desregulado ou com facho de luz alta é infração grave (cinco pontos na carteira).

5. Cintos de segurança

A vida útil do cinto de segurança depende das condições às quais o carro é exposto e também do seu uso correto. O motorista deve observar periodicamente se há sinais de desgastes no cadarço e verificar se o fecho está travando adequadamente. Todos os ocupantes devem usar o equipamento. A infração para quem trafega sem cinto de segurança é grave (cinco pontos na carteira).

6. Palhetas do limpador

Para mantê-las em bom funcionamento, faça a reposição uma vez por ano. O mais comum é que, com o passar do tempo, a borracha das palhetas fique ressecada, podendo riscar o para-brisa. A borracha deformada, em vez de retirar a sujeira, deixa o vidro ainda mais embaçado.

Se quiser, use sabão líquido misturado à água no reservatório do limpador de para-brisa: ajuda na diminuição do atrito entre a borracha e o vidro e melhora a limpeza.

Se o limpador não estiver funcionando na chuva, a infração é considerada grave (cinco pontos na carteira).

7. Óleo do motor

Verifique o nível do óleo do motor e confira a hora de troca pela quilometragem do veículo. Respeite o período de substituição do produto, que deve ser compatível com as especificações do manual. Também é necessário checar possíveis vazamentos que acabam afetando o funcionamento do motor.

A redução do nível do óleo faz o motor trabalhar em condições desfavoráveis, prejudicando o seu desempenho. Os vazamentos ocorrem quando há desgaste natural das peças que servem para vedação. Vazamento de óleo na pista é considerado infração gravíssima (sete pontos na carteira).

8. Itens importantes

Extintor de incêndio, triângulo de segurança e macaco são itens às vezes ignorados pelos motoristas. Mas é preciso mantê-los em perfeitas condições de uso, sob risco de levar cinco pontos na carteira se um deles não estiver em ordem.

Os problemas mais comuns

Em 2007, São Paulo instituiu junho como o Mês da Conscientização pela Manutenção Preventiva de Automóveis. Ao longo do mês, é realizada uma série de eventos que mobilizam os reparadores em uma grande ação de conscientização junto aos motoristas.

Neste ano, a operação checou 27 itens de mais de 2 000 automóveis e constatou que todos os carros analisados apresentaram um ou mais problemas. Os mais frequentes foram:

51,3% com problemas na conservação ou fixação deficiente das correias auxiliares 43,2% com problemas na conservação ou fixação deficiente da correia dentada 41,6% com limpador e lavador do para-brisas danificados ou sem funcionamento 35% com vazamento de óleo 33,5% sem aditivo do sistema de arrefecimento 31,2% com uma ou mais lâmpadas dos faróis principais fora de funcionamento 29,9% com emissão de CO2 acima do limite 27% com extintor de incêndio com validade vencida 20,5% com folga ou falhas no pedal da embreagem 19,1% com bateria vencida

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