Sequestrado na noite desta quarta-feira (28) em um sítio em São Roque (SP), o aposentado Paulo Afonso Rodrigues, de 71 anos, foi morto com um revólver calibre 38 que tinha na própria casa, de onde havia sido levado. O caseiro da chácara e outros três homem foram detidos, confessaram o crime e tiveram as prisões temporárias de 30 dias decretadas.
Paulo Afonso estava em um sítio no bairro Portal do Carmo quando os criminosos invadiram o local, onde ficaram por cerca de duas horas. Ele foi agredido e teria reconhecido um dos suspeitos. Ainda segundo a polícia, uma arma que o aposentado tinha no imóvel foi levada pelo grupo, que sequestrou o aposentado e fugiu no carro dele levando objetos da casa e cerca de R$ 900 em dinheiro.
À polícia, os quatro homens disseram ter usado o revólver de Paulo Afonso para matá-lo – ele foi assassinado na zona rural de Ibiúna (SP). A arma foi encontrada em um ponto de ônibus da cidade na manhã desta sexta-feira (30) e seria encaminhada para perícia.
De acordo com o delegado Marcelo Apolinário, responsável pelo caso, o crime era inicialmente investigado como roubo e sequestro.
Na primeira versão, o caseiro, que tem 27 anos, contou à polícia ter sido rendido e amarrado com cadarços após o assalto.
Contudo, segundo a Polícia Civil, os investigadores descobriram que o caseiro conhecia os três suspeitos do crime – que têm 18, 20 e 22 anos – aos quais passou informações sobre a rotina do dono do sítio. O caseiro havia sido contratado dois meses atrás.
Paulo Afonso Rodrigues morava na capital paulista, era casado e tinha três filhas.
Divergências nos depoimentos
Os investigadores chegaram ao grupo de criminosos por conta de divergências nos depoimentos. Um deles apontou o local onde estava o corpo e levou os policiais à área. O carro do aposentado foi encontrado abandonado em Cotia (SP).
O sítio também passou por perícia e, depois, foi liberado para a família da vítima. O corpo de Paulo Afonso Rodrigues foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
O caso está sob investigação, e as prisões de 30 dias dos quatro autores do crime podem ser renovadas por mais 30. A polícia deverá pedir a prisão preventiva dos homens.