A Fundação Municipal da Saúde (FMS) de Teresina decidiu manter a flexibilização do uso de máscaras para locais fechados ou ambientes abertos com aglomeração de pessoas. Infectologistas reforçam que grupos com comorbidades e pessoas com sintomas gripais devem continuar usando a proteção.
A decisão acontece após uma reunião com o Comitê de Operações Emergenciais (COE) realizada nesta sexta-feira (3) que contou com a participação do presidente da FMS, Gilberto Albuquerque e dos infectologistas Walfrido Salmito e Kelson Eulálio.
Durante a reunião, foi apresentado que o número de novos casos e internações está baixo, ao mesmo tempo em que o sistema de saúde não enfrenta pressão ou aumento do atendimento por outras doenças respiratórias. Segundo o presidente da FMS, o encontro foi convocado devido o crescimento da incidência de novos casos de Covid-19 em outras cidades do país, como em São Paulo.
Para Gilberto Albuquerque, Teresina está fora do risco de sofrer uma nova onda de casos e internações da doença devido a boa adesão à vacinação. “Teresina teve o melhor índice de vacinação do Brasil e isso nos garante uma certa proteção. Claro, precisamos de reforçar que é necessário ter a terceira e quarta dose no braço porque parece que ainda está fraco em adesão. Nossa população tem uma vantagem na vacinação e garante uma imunidade mais segura que outras regiões que estão enfrentando aumento de casos", comentou.
De acordo com o presidente da FMS, a capital piauiense tem atualmente 99,98% da população com a primeira dose, 98,7% com a segunda dose 98,7 e pouco mais de 64% das pessoas vacinadas com a terceira e quarta dose do imunizante que proteje contra a Covid-19.
O médico infectologista e coordenador do Comitê de Operações Emergenciais, Walfrido Salmito, reforça que a população mais vulnerável à doença deve permanecer seguindo a recomendação do uso de máscaras.
“Decidimos manter as coisas como estão, não vamos fazer nenhuma revogação no momento. Os dados, na cidade de Teresina, apresentam poucas internações, mais de duas semanas sem óbitos, praticamente um óbito duas semanas atrás e a gente decidiu manter a flexibilização do uso. Mesmo assim, pedimos aos pacientes idosos, pessoas com comorbidades, sintomáticos respiratórios e com teste positivo de Covid-19 permaneçam com a máscara”, falou Walfrido Salmito.
No dia 28 de março deste ano, o uso de máscaras em locais fechados deixou de ser obrigatório em Teresina. A decisão foi baseada nos baixos números de contaminação, ocupação de leitos hospitalares e óbitos por Covid-19 na cidade. A prefeitura manteve, no entanto, a recomendação do uso da proteção para pessoas com comorbidades, que tenham contraído ou que apresentassem sintomas da Covid-19.
Na próxima sexta-feira (10), o COE de Teresina promove uma nova reunião para avaliar a situação da Covid na cidade.