Após reunião da Liga, Carnaval do Rio muda ordem dos defiles e não terá rebaixamento de escolas em 2011

Folião do RJ insatisfeito com troca de desfiles pode ter dinheiro de volta

Incêndio no Rio de Janeiro | Reprodução G1
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O folião que não estiver satisfeito com a mudança nos desfiles do carnaval carioca, decidida depois do incêndio que destruiu três barracões na Cidade do Samba, vai poder pedir o dinheiro de volta. Segundo a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), não será possível fazer trocas.

Como a União da Ilha, Portela e Grande Rio, as três agremiações atingidas pelas chamas, estavam agendadas para desfilar na segunda-feira de carnaval, foi necessária uma mudança na grade de desfiles. A decisão aconteceu após uma reunião com presidentes de todas as escolas. Com a nova ordem, a Portela, que desfilava na segunda, passará para o domingo, no lugar da Mocidade Independente de Padre Miguel, que teve seu desfile transferido para segunda.

A Liga, segundo a sua assessoria de imprensa, ainda estuda a criação de um balcão de trocas, para tentar conciliar interesses de consumidores. Mas ainda não se sabe se haverá estrutura para intermediar trocas de diferentes setores com um serviço de qualidade.

Carnaval 2011 não terá rebaixamento de escolas

Na mesma reunião de segunda-feira, ficou deicido que não haverá rebaixamento no Grupo Especial do carnaval em 2011 e que as três escolas atingidas não serão julgadas.

Como consequência das mudanças deste ano, em 2012 duas escolas serão rebaixadas para o Grupo de Acesso, em vez de uma, para voltar a equilibrar o número de agremiações no Grupo Especial.

"Isso é um prejuízo incalculável e nós vamos tentar de alguma maneira fazer um mutirão, reorganizar e ver a possibilidade de se ajustar a ordem de desfile e a estrutura do carnaval de 2011", disse o presidente da Liesa.

Demolição parcial de barracões atingidos

Após uma vistoria prévia nos galpões atingidos pelo incêndio na Cidade do Samba, o engenheiro representante da Defesa Civil municipal, Luiz André Moreira Alves, informou que toda a estrutura interna do segundo pavimento desses imóveis será demolida.

"Essa foi uma vistoria preliminar, onde nós verificamos que no trecho do segundo pavimento dos galpões que eram utilizados pela Grande Rio, Portela, União da Ilha e parte da Liesa houve um comprometimento de estrutura na parte superior e a gente vai entrar com uma obra emergencial para fazer a demolição desse pavimento, para que a gente possa manter íntegro o pavimento térreo e causar menos transtornos no local", explicou Luiz André Moreira Alves.

Cooperação

As escolas de samba do Rio de Janeiro reafirmaram que estão fazendo um mutirão para ajudar as agremiações afetadas pelo incêndio na Cidade do Samba.

?Temos que tentar ajudar quem já está muito prejudicado?, disse o carnavalesco da Unidos da Tijuca, Paulo Barros. ?Vamos ajudar com o que puder, fantasias, carros alegóricos, até presidente?, reiterou a presidente do Salgueiro, Regina Celi.

Como foi

As chamas na Cidade do Samba, onde funcionam barracões de 14 escolas de samba, foram controladas pouco antes das 11h de segunda. Ao todo, 39 carros dos bombeiros de sete quartéis e 80 homens foram enviados ao local.

Os dirigentes das três escolas atingidas estimam que cerca de 8.400 fantasias foram destruídas com o fogo. Cada escola tem entre 3.500 e 4.000 componentes. A Grande Rio foi a mais atingida. Segundo a direção da escola, oito carros alegóricos e 3.300 fantasias foram incendiados. Partes do teto e da parede lateral do barracão cederam.

Na Ilha, foram 2.300 fantasias e um carro alegórico foram perdidos no incêndio. Na Portela, 2.800 fantasias que estavam no quarto andar do barracão foram destruídas.

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