Após protestos, Chile decide por plebiscito que terá nova Constituição

Os chilenos agora devem escolher quem comporá a comissão constituinte.

Após protestos, Chile decide por plebiscito que terá nova Constituição | Reprodução
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Eleitores decidiram por ampla maioria que o Chile terá uma nova Constituição, indica a apuração do plebiscito histórico organizado neste domingo (25), um ano depois da onda de protestos que tomaram o país. As informações são do G1.

Com 99,8% das urnas apuradas, os resultados apontavam 78,2% dos votos como favoráveis a uma nova Constituição. Além disso, 79% preferiam que o texto seja debatido por uma nova comissão a ser eleita posteriormente.

Logo após o fechamento das urnas, centenas de manifestantes voltaram à Praça Itália, em Santiago. O local se tornou um símbolo dos protestos que tomaram o Chile em 2019 e que levaram à proposta de uma nova Constituição.

Sebástian Piñera, presidente do Chile, vota em plebiscito — Foto: Marcelo Segura

Com a decisão deste domingo, os chilenos devem escolher quem comporá a comissão constituinte. Depois que o novo texto for debatido e aprovado por esse grupo, outro plebiscito — provavelmente em 2022 — decidirá se o Chile adotará ou não a nova Constituição.

Em pronunciamento, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, elogiou o processo eleitoral. "Hoje, triunfaram a cidadania, a democracia e a paz sobre a violência", afirmou. "Uma nova Constituição nunca parte do zero", acrescentou o presidente. 

Logo no início da apuração dos votos, a classe política chilena já reconhecia a vitória dos votos favoráveis ao novo texto constitucional. O senador Juan Antonio Coloma, que capitaneava a campanha contra a mudança de Constituição, admitiu derrota apenas 50 minutos depois do fechamento das urnas. 

A atual Constituição data da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), mas sofreu emendas e modificações que a tornam bem diferente do texto formatado pelos militares décadas atrás.

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