Após esconder gravidez, mãe atira bebê recém-nascida de prédio

Moradores encontraram o corpo do bebê e acionaram a Polícia Militar

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Uma mulher de 22 anos foi presa em flagrante na segunda-feira (19) acusada de ter arremessado a filha recém-nascida pela janela do banheiro de seu apartamento. O caso aconteceu no 2º andar de um prédio em um condomínio em Jardins do Planalto, bairro de Mossoró (RN), a cerca de 270 km de Natal.

O recém-nascido morreu e a mãe admitiu o crime. A publicação refere que a mãe estaria escondendo a gravidez. A mãe, Emilly Karoline Farias Barbalho deu à luz a uma menina prematura.

Moradores encontraram o corpo do bebê e acionaram a Polícia Militar. Os agentes localizaram a criança ainda com o cordão umbilical, na área comum do térreo do condomínio.

O corpo foi levado para necrópsia no Itep-RN (Instituto Técnico- Científico de Perícia do Rio Grande do Norte). A causa da morte do bebê ainda não foi divulgada.

A mãe foi presa e autuada por homicídio qualificado. Emilly está presa na penitenciária feminina no Centro Penal Doutor Mário Negócio, em Mossoró. Ela aguarda decisão da Justiça. O advogado da mãe, Otoniel Maia Junior, alega que ela sofre de depressão pós-parto e pedirá a liberdade da jovem.

O caso será investigado pela Delegacia de Plantão para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa. A polícia vai investigar se outras pessoas tiveram participação no crime.

O delegado Evandro Santos revelou que a mãe escondia a gravidez. "Indaguei se ela estava grávida e ela negou. Levamos a suspeita para ser examinada no Itep e foi constatado que ela tinha dado à luz há pouco tempo. Mesmo assim, ela continuou negando e só confessou o crime quando chegamos na maternidade para a equipe médica examiná-la", disse o delegado.

O delegado afirmou que a mulher não informou o motivo pelo qual escondeu a gravidez da família e do pai da criança.

"Ela disse que fez o parto sozinha, que bateu a barriga na pia quando saiu do banho e logo depois sentiu vontade de urinar. Ao sentar no vaso sanitário, o bebê nasceu e não chorou. Ela relatou que, em seguida, jogou a filha pela janela por acreditar que a recém-nascida estava morta", informou o delegado. Entretanto, a necropsia constatou que o bebê estava vivo quando foi jogado pela janela.

"Emilly teve um aborto, dá para ver que se tratava de um recém-nascido em estado puerperal, que caracteriza que ela está sofrendo de depressão pós-parto. Vamos pedir laudos com psiquiatra junto do habeas corpus", destacou a defesa de Emilly.

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