Após quase dois meses internada em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a advogada Juliane Vieira, de 28 anos, começou a despertar e já consegue se comunicar com familiares. Ela ficou gravemente ferida ao salvar a mãe e o primo, de 4 anos, durante um incêndio em um prédio no centro de Cascavel, no oeste do Paraná.
Juliane está internada no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário de Londrina, referência no atendimento a pacientes com queimaduras. Segundo a mãe, Sueli Vieira, em entrevista exclusiva à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o quadro ainda é delicado, mas a jovem apresenta sinais de melhora.
Nesta segunda-feira (15), o incêndio completou dois meses. No fim de novembro, a Polícia Civil concluiu a investigação e apontou que o fogo não foi intencional. De acordo com o laudo pericial, as chamas tiveram início na cozinha do apartamento.
RELEMBRE O CASO
O incêndio ocorreu na manhã de 15 de outubro, em um apartamento localizado no 13º andar de um prédio no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country. Imagens que circularam nas redes sociais mostraram Juliane do lado de fora do edifício, pendurada em um suporte de ar-condicionado, tentando resgatar a família.
No imóvel estavam a mãe da advogada, Sueli, de 51 anos, e o primo, Pietro, de 4 anos. Após conseguir salvar os dois, Juliane foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros, com queimaduras em cerca de 63% do corpo.
Sueli sofreu queimaduras no rosto e nas pernas, além de ter inalado fumaça e apresentado lesões nas vias respiratórias. Ela ficou 11 dias internada no Hospital São Lucas, em Cascavel. Pietro foi transferido para Curitiba devido à inalação de fumaça e queimaduras nas pernas e mãos, permanecendo internado por 16 dias, com alta no fim de outubro.
Um bombeiro que participou do resgate teve queimaduras nos braços, mãos e parte das costas, foi internado e recebeu alta dias depois. Outro bombeiro sofreu queimaduras nas mãos e passou por atendimento médico.