Após ter confessado que teria matado o filho, Itarbeli Lozano, durante uma discussão, Tatiane Lozano Pereira, 32 anos, voltou atrás e mudou a versão do crime. Em novo depoimento à Polícia Civil, a gerente de supermercados disse que o adolescente foi assassinado por três jovens com que ele tinha desavenças, porém, ela não soube identificar os suspeitos.
Antes, Tatiana havia confessado o crime e teria dito que "não aguentava mais ele" se referindo ao filho.
O corpo do adolescente foi encontrado carbonizado em um canavial próximo à Rodovia José Fregonezi em Cravinhos (SP), no último sábado (7). A mãe e o padrasto foram presos na quarta-feira (11), após confessarem o crime.
O delegado Helton Testi Renz, que investiga o caso, disse que já pediu a realização de perícia no carro e casa da família e enfatizou que não acredita na nova versão dada pela mãe do jovem.
"Ela nos contou uma história muito complexa e estamos checando se essas informações procedem. A gente acredita que ela criou essa versão para se esquivar da responsabilidade, já que ela nos contou outra coisa inicialmente", disse o delegado.
Dario Rosa, tio paterno do adolescente levantou chegou a dizer que Tatiana teria assassinado o filho por não aceitar a sua homossexualidade, mas o delegado também descara essa versão já que mãe e filho tinham histórico de desavenças.
Mas, o delegado também negou que o jovem fosse violento ou tivesse antecedentes criminais e envolvimento com drogas, como teria afirmado o ex-advogado do casal. Não temos registro formal de agressão ou de briga, seja com família ou com qualquer outra pessoa”, disse.
A previsão, segundo Renz, é que o inquérito seja emcerrado nos próximos 30 dias, antes que se encerre o prazo de prisão temporária do casal, que segundo o delegado, deve ser indiciado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.