O ditador da Coreia do Norte,Kim Jong-un, fez a sua primeira aparição pública em mais de 20 dias, noticiou a agência de notícias oficial da Coreia do Norte, encerrando rumores de que estaria morto.
A agência estatal KCNA disse no sábado (sexta à noite no Brasil) que o líder Kim Jong-un participou da cerimônia de conclusão de uma fábrica de fertilizantes em Sunchon, uma região ao norte da capital, Pyongyang. Este foi o primeiro registro de uma atividade pública sua desde 11 de abril. A agência não forneceu fotos do episódio, que não pôde ser confirmado de maneira independente.
A KCNA informou que Kim cortou uma fita na cerimônia na sexta-feira e que os participantes do evento "explodiram em gritos estrondosos de 'hurra!' para o líder supremo que está comandando a marcha geral de todas as pessoas para a grande causa da prosperidade".
Segundo a agência, Kim estava acompanhado de várias autoridades norte-coreanas, incluindo sua irmã mais nova, Kim Yo-jong, uma das pessoas cotadas para sucedê-lo, caso os boatos fossem verdadeiros.
Os rumores sobre o paradeiro de Kim começaram após o líder norte-coreano faltar à cerimônia de 15 de abril que marca o aniversário do fundador do país e seu avô, Kim Il-sung — a data a mais importante do calendário político norte-coreano. Desde então, especularam-se vários motivos para a sua ausência, de um auto-isolamento contra o coronavírus, passando por uma cirurgia cardíaca, uma internação em estado muito grave e até mesmo sua morte, como reportado pelo site de celebridades TMZ.
Na terça-feira, o site de monitoramento da Coreia do Norte NK PRO relatou ter obtodo imagens de satélite que mostravam movimentos de barcos frequentemente usados por Kim, sugerindo que ele ou sua comitiva poderiam estar na área de Wonsan, onde há um resort frequentado por altas autoridades do país.
Na semana passada, um relatório do projeto 38 North, também baseado em imagens de satélites, indicava que o suposto trem do líder norte-coreano havia estacionado em uma das estações do balneário.
Os rumores repetiram episódios que também aconteceram com o pai e com o avô de Kim. Sem uma imprensa livre e sem muitas informações confiáveis de inteligência, é muito difícil obter informações da Coreia do Norte.
O presidente dos EUA, Donald Trump, se recusou a comentar a informação do reaparecimento de Kim, afirmando que terá "algo a dizer sobre isso no momento apropriado".