O vereador Aroldo Ribeiro Soares, suspeito de tentar matar o empresário Adailton Nunes de Macedo, que ficou em estado grave após ter sido agredido com golpes de foice durante uma confusão, foi exonerado da Secretaria de Infraestrutura da Prefeitura de Anísio de Abreu (575 km de Teresina), após a repercussão do caso.
O Meionorte.com havia repercutido no final do mês passado a permanência do vereador no cargo, mesmo após o pedido de exoneração feito pela Câmara de Vereadores do município, diante da situação de agressão e violência em que Aroldo Ribeiro esteve envolvido, junto a um genro identificado apenas como ‘Josué’. A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial dos Municípios do dia 1° de fevereiro.
A confusão, ocorrida na noite do dia 6 de janeiro deste ano, foi flagrada por pessoas que estavam no estabelecimento da vítima. As imagens mostram o momento em que Aroldo Ribeiro aparece no estabelecimento na companhia do genro na posse de uma foice e troca insultos com o empresário.
Em determinado momento, Adailton reage e eles entram em vias de fato. O vídeo mostra Josué pegando a foice que havia caído no chão durante a luta corporal dos dois e desferindo diversos golpes contra o comerciante, que chega a ser imobilizado pelo secretário da prefeitura.
Assista!
Empresário ficou com sequelas
A família cedeu imagens para a reportagem de como ficou Adailton Nunes após as agressões. Um dos golpes atingiu sua cabeça no lado esquerdo, que afligiu sua coordenação motora do lado direito. Sua fala e memória também foram afetadas, segundo a família.
“Ele tá com a fala atrapalhada, não tá falando coisa com coisa. Esquece das coisas. O ouvido dele não tá ouvindo, não está enxergando direito. Ele não consegue segurar uma colher com a mãe direita. O Joelho dele dói. Ele diz que sente muitas dores nas costelas. Ele levou muitas pancadas nas costas. Ele reclama de muita dor de cabeça. Às vezes ele conhece a gente e às vezes não. Meu irmão quase perdeu a vida. Meu irmão se encontra nessa situação sem poder trabalhar, sem condições de nem pagar advogado”, disse Margarete Nunes, irmã do empresário.
Alertamos que as imagens a seguir apresentam conteúdo sensível
As investigações
Para a reportagem, o delegado Filipe Bonavides, de São Raimundo Nonato, explicou que já foram ouvidas as testemunhas do caso, mas ainda se aguarda o restabelecimento do quadro de saúde da vítima para tomar suas declarações.
“Devido ao estado de saúde e a natureza das lesões sofridas, iremos aguardar a realização de exame médico complementar pelo legista, que só pode ser feita após 30 dias, para fins de avaliação e enquadramento penal da conduta. Só após isso que será feito o relatório final com indiciamento ou não dos envolvidos. Já foram ouvidas as testemunhas do caso, mas ainda se aguarda o restabelecimento do quadro de saúde da vítima para tomar suas declarações Não houve condução de nenhum envolvido pela PM até a delegacia quando os fatos aconteceram”, esclarece o delegado.