Animais silvestres são vendidos livremente em Picos

A variedade de espécies destinadas à venda é grande

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Uma reportagem de Picos se infiltrou na feira livre e registrou a venda ilegal de animais silvestres. Nas fotos mostra a quantidade e a variedade de espécies a disposição dos futuros compradores.

A reportagem apurou que na maioria das vezes os animais são capturados em cidades vizinhas e transportados para serem vendidos em Picos. Um fato curioso é a presença de crianças participando do processo de comercialização.

A variedade de espécies destinadas à venda é grande, em sua maioria, aves de pequeno porte como o Cardeal-do-Nordeste, conhecido na região como Cabeça-Vermelha, sabiás, cancão, coleiro, galo de campina, gaturamo. No local também é possível encontrar espécies de periquitos, como pacús e guirros (periquito-da-caatinga). E além das aves, foi flagrado a venda de roedores, um dos exemplos registrados foi o preá.

Os valores cobrados pelos traficantes de animais variam de R$ 5 à R$ 25, dependendo da espécie e do grau de desenvolvimento. Os mais jovens são mais caros por terem maiores chances de se tornarem “grandes cantadores”. Já um roedor adulto foi posto à venda por R$ 5.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), aproximadamente 90% dos animais silvestres morrem logo depois de serem retirados de seu ambiente natural.

A retirada de animais de seu hábitat natural para comercialização ilegal é uma prática comum no país, especialmente pelo alto número de espécies existentes e pela falta de fiscalização e de punições severas.

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