Assim como nós, os animais do Parque Zoobotânico já sofrem os efeitos das altas temperaturas registradas no Piauí.
Por causa disso, as jaulas precisam ser constantemente resfriadas. Até a alimentação sofre algumas modificações para se adequar ao período mais quente.
O coordenador do Parque, José Renato Uchoa, disse que um sistema de resfriamento é utilizado para criar um ambiente chuvoso, o que reduz a temperatura dos recintos em até três graus. ?Quem mais sofre é o urso, tanto por causa da idade que possui, quanto pelo tamanho?, disse Uchoa.
Para o diretor Benedito de Carvalho, a situação torna-se mais grave devido a baixa umidade relativa do ar, que favorece o ressecamento das mucosas e da garganta dos animais. ?A maioria das espécies que temos aqui são da África e da Ásia. E lá, embora seja quente durante o dia, é mais frio à noite?, explica o diretor.
Ainda não houve registro de morte provocada pelas altas temperaturas, mas o biólogo Celso Mendes percebe que os animais ficam mais estressados, inquietos e se alimentam em menor quantidade. ?Todos os dias jogamos água nos recintos para que as gotículas se dispersem, provocando resfriamento e aumentando a umidade relativa do ar?, afirma Mendes.
Quanto à alimentação os cuidados também precisam ser redobrados. Para os grandes felinos, a carne vermelha é substituída pela carne branca. E para aqueles que se alimentam de frutas, a prioridade é dos vegetais com maior quantidade de água, como a melancia.