Os 100 ambulantes já trabalham perto do Pólo de Saúde de Teresina há 10 anos. Em 2008 o Ministério Público determinou a saída dessas pessoas do local, mas de fato, até agora nada aconteceu. Tudo porque o novo espaço destinado a eles não agradou.
O fato é que os ambulantes não gostaram da estrutura montada para eles se relocarem, que fica localizada nas proximidades da Avenida Miguel Rosa. Segundo eles, o espaço é pequeno para o exercício do trabalho.
?O problema é que o espaço é muito pequeno. A estrutura que tem lá é de algumas coisas que foram reaproveitadas de um estacionamento que era lá?, argumenta um dos ambulantes do Pólo de Saúde.
Por conta disso é que eles preferem ficar no meio da rua, perto das clínicas e hospitais que atraem muitos pacientes e pessoas de outros Estados. ?A clientela maior nossa é do Maranhão. O pessoal vem pra Teresina fazer seus exames, vem fazer cirurgia, algum tipo de trabalho aqui no Pólo de Saúde e aí, você sabe, as despesas são grandes. As pensões tem que ser pagas, aí as pessoas passam alguns dias para fazer tudo de consulta e eles trazem algum dinheirinho para depois de terminar seus exames comprar alguma mercadoria pra vender nas suas cidades?, explica outro ambulante.
A polêmica está nas ruas e nas mãos da Prefeitura de Teresina. O secretário de Economia Solidária, Olavo Braz, afirma que o novo espaço construído para os ambulantes do local não é nada bom.
?Aproveitaram a estrutura já existente no local de um estacionamento e colocaram uma cobertura complementar do tipo daquelas casas do interior de taipa, ?tá dentro tá fora?. Se vier chuva, molha tudo, Se faz sol, ilumina tudo. O telhado até que é um telhado do tipo ecológico, mas o segundo telhado que seria dando cobertura total é de zinco. Nos meses de outubro, novembro e dezembro a temperatura vai a muitos graus, não tem como sobreviver debaixo de um telhado de zinco sob o sol?, justifica Olavo Braz.
A Prefeitura estuda a possibilidade da compra de um novo terreno para os ambulantes trabalharem.