A ambul?ncia da Unidade Mista de Sa?de Salom?o Caetano de Alagoinha do Piau? foi flagrada ontem, em Picos, transportando lavradores do munic?pio para embarcar em ?nibus no Terminal Rodovi?rio Zuza Baldo?no para o munic?pio de Sonora, no Mato Grosso, reuni?o onde o Grupo Especial M?vel de Fiscaliza??o do Minist?rio do Trabalho e Emprego est? resgatando piauienses trabalhando em condi?es an?logas ao trabalho escravo e sem carteiras de trabalho.
Alagoinha do Piau? fica a 76 quil?metros de Picos, onde os trabalhadores embarcaram sem registro em suas carteiras de trabalho. Mais de dez trabalhadores foram transportados ontem na ambul?ncia da Unidade Mista de Sa?de de Alagoinha do Piau?, que tamb?m levou suas malas e sacolas. A Unidade Mista de Sa?de de Alagoinha do Piau? ? administrada pela Prefeitura Municipal depois da municipaliza??o dos servi?os de sa?de.
A ambul?ncia tamb?m transportou caixas para os trabalhadores. A Superintend?ncia Regional do Trabalho e do Emprego e a Pol?cia Rodovi?ria Federal t?m feito fiscaliza??o de ?nibus para evitar o transporte de trabalhadores para regi?es que os exploram em condi?es an?logas ao trabalho escravo.
O prefeito de Alagoinha do Piau? ? Jo?o Deolindo de Carvalho (PSB) e seu genro, Alex Brito, costuma conduzir a ambu?ncia da Unidade Mista de Sa?de.
O Grupo Especial M?vel de Fiscaliza??o, coordenado pela Secretaria de Inspe??o do Trabalho do Minist?rio do Trabalho e Emprego (MTE), libertou 158 trabalhadores em condi?es an?logas ? escravid?o, nos dois primeiros meses do ano. Os dados constam no Relat?rio de Fiscaliza??o M?vel do MTE.
Al?m de retirar os trabalhadores dos locais em que se encontravam, geralmente em condi?es desumanas de sobreviv?ncia, o Grupo M?vel - constitu?do por auditores fiscais do trabalho, delegados e agentes da Pol?cia Federal e procuradores do Minist?rio P?blico do Trabalho - assegurou o recebimento das verbas trabalhistas devidas. De janeiro a fevereiro, o pagamento de indeniza??o totalizou R$ 394.332,60, sendo que foram fiscalizadas 13 fazendas em 8 opera?es.
O estado do mato Grosso ? o primeiro no ranking, com 99 libertados. Na seq??ncia, est? o Par? (21); Maranh?o (19); Acre (16); Santa Catarina (2) e Minas Gerais (1).
Dos libertados, 38 s?o piauienses.
BATIDO RECORDE DE LIBERTA??O DE TRABALHADORES ESCRAVIZADOS
No ano passado, a fiscaliza??o do Minist?rio do Trabalho e do Emprego bateu o recorde no n?mero de opera?es, com a liberta??o de 5.975 trabalhadores que eram submetidos a condi?es an?logas ? de escravos.
Em um total de 115 opera?es, os auditores percorreram 205 propriedades rurais em todo o territ?rio nacional, formalizando tamb?m o v?nculo de outros 3.637 empregados sem carteira assinada, principalmente em estados com alto ?ndice de den?ncias, como o Par?, Maranh?o e Tocantins.
A fiscaliza??o do trabalho visa regularizar os v?nculos empregat?cios dos trabalhadores encontrados e libert?-los da condi??o an?loga ? escravid?o. Desde 1995, quando foi reconhecida a exist?ncia pelo governo brasileiro, a elimina??o do trabalho escravo tem sido prioridade. Naquela ocasi?o, foi instituido o Grupo Especial de Fiscaliza??o M?vel (GEFM) e o Grupo Executivo de Repress?o ao Trabalho Escravo (GERTRAF), com o objetivo de combater a escravid?o.
Desde ent?o, o Grupo M?vel j? libertou 27.901 trabalhadores em 633 opera?es. Foram fiscalizadas 1.895 fazendas e pagos um total de R$ 38,9 milh?es em indeniza?es.
Quando o presidente Luiz In?cio Lula da Silva assumiu o governo foi lan?ada uma politica que visava, al?m do combate, a erradica??o do trabalho escravo: o Plano Nacional para a Erradica??o do Trabalho Escravo (Conatrae), integrado por v?rios minist?rios - entre eles o Minist?rio do Trabalho e Emprego - e representantes de entidades n?o-governamentais, como foco neste tipo de a??o. Naquele ano, foram feitas 5.223 liberta?es e fiscalizadas 188 fazendas.
Ao serem resgatados pelo Grupo M?vel, os trabalhadores