Alunos da UFPI atrasam um ano do curso de Medicina por causa da greve dos professores

A greve dos professores nas universidades federais foi deflagrada em 17 de maio

ALAN BEZERRA | Acadêmico lamenta a situação em que se encontra hoje o seu curso | Reprodução
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A greve dos professores nas universidades federais deflagrada em 17 de maio tem prejudicado alunos em vários cursos por conta das atividades paralizadas.

Os estudantes de Medicina, do oitavo e nono períodos, da Universidade Federal do Piauí, que tiveram as atividades do internato paradas, sofrem também com o adiamento da realização das provas de residência.

Por não ser considerada uma atividade essencial, o internato, que dura um ano e meio e serve como estágio para os estudantes de Medicina, não iniciou no período de 16 de julho.

O estudante Alan Bezerra está no 9° período e deveria estar no internato, no entanto, o internato está parado. Com a greve dos professores e servidores, que já ultrapassa dois meses, também não foi possível cumprir a carga horária com as disciplinas que são pre-requisitos para chegar a etapa do estágio.

Esta situação acarretou para toda a turma um atraso para realizar as provas de residência que acontecem em todo o país. ?Já perdemos o ano, pois mesmo que a greve terminasse hoje, não poderíamos realizar as provas de seleção para residência que acontecem ao final do ano.

Para a minha turma, só será possível fazer a prova em 2014?, lamenta o estudante. A greve gerou para a turma um atraso de mais de um ano para a formatura.

O presidente do Centro Acadêmico de Medicina, Ari Clémio Lima, avalia que está sendo um processo delicado e sofrido para os estudantes que vêm sendo prejudicados.

?O estágio é para ser feito nos hospitais públicos, mas a turma que era para entrar não entrou porque o período está parado. Hoje era para ter três turmas, mas só tem duas.

Assim todos os estágios estão parados com todas as áreas ginecologia, obstetrícia, clinica medica, e outras ?, explica.

O internato é composto por 5 ciclos de 102 dias cada um com cerca de 10 dias de recesso durante este período, não tendo como reduzir ou cortar carga horária, segundo o universitário Alan Bezerra. Isto faz com que as turmas que se atrasem nesta etapa também percam os prazos das provas de residência, já que esta etapa é prerrequisito.

Eldo de Brito está no 8° período e também teme que se a greve continuar tenham as suas atividades de internato e residência prejudicadas, já que precisam correr contra o tempo para não perder o cumprimento da carga horário.

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