Um estudante de cinema da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Cruz das Almas, desapareceu nesta sexta-feira (15), após um mergulho na Praia de Itacoatiara, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Henrique Amaral Roza, de 22 anos, estava na cidade para apresentar um curta-metragem na Universidade Federal Fluminense, informou ao site o tio Juraci Amaral nesta terça-feira (19).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as buscas foram iniciadas pelos guarda-vidas na sexta com auxílio de moto aquática, botes, mergulhadores e helicópteros. No entanto, até as 13h30 desta terça, não havia informação sobre o paradeiro do estudante. Segundo a corporação, os militares seguem monitorando a região.
?Minha expectativa é que apareça o corpo pra tirar todas as minhas dúvidas. Os pais estão muito mal. Minha irmã [mãe do jovem] teve que ser hospitalizada. É uma notícia muito dolorosa e pra mim está sendo muito difícil, imagina pra eles lá. Eu orientei pra ele retornar pra minha casa caso ele não gostasse do alojamento, mas ele preferiu ficar lá?, declarou Juraci, que mora no Grajaú, Zona Norte do Rio. Ele acrescentou que o sobrinho completa 23 anos no dia 22 de dezembro.
De acordo com o delegado Gabriel Ferrando, titular da 81ª DP (Itaipu), responsável pelas investigações, o caso foi registrado como desaparecimento nas águas. Segundo Juraci, o jovem chegou na cidade na quinta-feira (14), quando se hospedou em um alojamento da UFF, acompanhado de um grupo de outros jovens.
Ainda de acordo com o delegado, segundo testemunhas, o jovem entrou na praia de Itacoatiara e não retornou. Amigos que estavam com Henrique e outras testemunhas estão sendo ouvidas e agentes estão realizando diligências para tentar localizar o corpo. As investigações estavam em andamento por volta de 15h20 desta terça e, até esta data e horário, nenhuma linha de investigação havia sido descartada pelo delegado.
Juraci informou ainda que Henrique foi acompanhado de um grupo de São Paulo para a praia, quando desapareceu. Ele acrescentou que o jovem havia deixado seus pertences com os estudantes, entre eles, um tênis, um aparelho de telefone celular e a carteira, para mergulhar.
"Na minha cabeça veio um monte de pensamentos. Ele não conhecia esse grupo direito, conheceu no alojamento. Quando estive no sábado no alojamento para procurar por respostas, não gostei do alojamento, achei precário. Ele estava alojado em uma barraca. Quando falei com ele na quinta, perguntei como ele estava e ele disse que estava bem, que tinha encontrado com o grupo. Eu disse que se ele não gostasse do alojamento pra vir pra casa", acrescentou Juraci.