TULIO KRUSE - SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil recebeu relatos de que o autor do ataque na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, chegou a convidar uma colega a participar da ação. O ataque deixou uma professora morta e cinco pessoas feridas na segunda (27).
Nesta quarta (29), a investigação vai se concentrar na hipótese de o adolescente de 13 anos ter sido incentivado por estudantes da escola ou por outras pessoas na internet a cometer o crime.
Reis não divulgou a data em que o boletim foi feito, nem quando o convite teria sido feito. Segundo o delegado, a menina a princípio pensou que se tratava de uma brincadeira do aluno -depois, recusou o convite.
Até a manhã desta quarta, a investigação ainda aguardava a resposta da Justiça para um pedido de quebra de sigilo telemático de aparelhos eletrônicos do autor do ataque. A polícia quer analisar os equipamentos justamente para saber com quem ele se comunicava e se houve algum auxílio ou incentivo.
O delegado diz que, até agora, os indícios apontam para um planejamento e execução do ataque de forma solitária pelo adolescente. A polícia sabe, no entanto, que ele falava abertamente, com colegas e na internet, sobre a possibilidade de cometer o crime.
Uma funcionária da Escola Estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra (Grande SP), onde estudava até o mês passado, registrou um boletim de ocorrência em que afirmou que o adolescente compartilhava vídeos portando armas de fogo e simulando ataques violentos.
Ele chegou a ameaçar de morte um dos alunos da escola, de quem era amigo. A família do aluno ouviu da escola que o agressor seria encaminhado para atendimento em um Caps (Centro de Atenção Psicossocial).
Na manhã de segunda, momentos antes do ataque, ele publicou uma mensagem no Twitter anunciando o que faria.
Além de apurar a participação de outras pessoas, o delegado quer ouvir a professora Ana Célia Rosa, que foi ferida no ataque. Esse depoimento ainda não estava confirmado.