A presença de crianças em semáforo é uma cena comum em Teresina. Umas trabalhando, enquanto outras vivem atuando como pedintes. Para os órgãos de proteção e defesa do menor, um problema é não saber o destino dado à quantia diária arrecadada por elas.
A gerente de proteção da Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e de Assistência Social (Semtcas), Iracilda Braga, afirma que Teresina conta com o apoio de quatro Conselhos de Referência de Assistência Social (Cras), quatro Conselhos Tutelares e 41 agentes de proteção social, que são responsáveis pela fiscalização.
A quantidade de crianças pelas ruas de Teresina ainda é um número sem definição. ?Mapear é muito difícil, mas os atendimentos que fazemos, temos como comprovar. Uma coisa é fato: lugar de criança não é na rua?, disse a gerente.
Segundo ela, os sinais de trânsito têm um grande número de crianças e adolescentes que se arriscam para pedir dinheiro, situação em que eles, na maioria das vezes, têm o apoio dos pais. A Semtcas aponta ainda que a grande maioria é formada de estudantes e tem família. ?Alguns, o próprio adulto acompanha como forma de explorar esses adolescentes. Em alguns casos, podemos ver que eles estudam, em outros, vemos que eles estão fora da escola.?
Outra preocupação da Semtcas está relacionada aos menores que são dependentes químicos, uma situação bastante delicada e difícil de ser coibida. ?Eles ficam arredios e a gente tem mais dificuldade de abordá-los?, conclui.
COM INFORMAÇÕES DE EUGÊNIA REIS