Pelo menos 500 famílias tiveram que deixar suas residências em Igrejinha (RS), município localizado a 80 km de Porto Alegre, em decorrência das chuvas que atingem o Estado desde quarta-feira. O rio Paranhana, que corta a cidade, transbordou no final da tarde de ontem e no final da manhã desta quinta-feira, estava 3 m acima do nível normal, de acordo com dados da Defesa Civil.
Bombeiros e agentes da Defesa Civil passaram a noite retirando moradores das áreas alagadas no município. Parte das famílias foi para a casa de parentes e outra foi levada para abrigos, onde receberam alimentação, roupas e assistência médica.
Os bairros mais atingidos são Morada Verde, 15 de Novembro, Vila Nova e Garibaldi. De acordo com a coordenadora da Defesa Civil local, Alessandra Regina de Azambuja, o rio subiu rapidamente e seguiu ganhando volume em função da água que descia da região serrana.
Igrejinha prepara a documentação para decretar situação de emergência. Além das perdas causadas pela cheia, outro problema são os roubos que estão acontecendo nas residências que foram abandonadas. "Isso tem feito muitas famílias voltarem, mesmo que a água ainda não tenha baixado", afirmou a coordenadora da Defesa Civil.
Outra região afetada pelas fortes chuvas é o município de Rolante, a cerca de 90 km da capital gaúcha. O rio Areia e o rio Rolante, que cortam a cidade, chegaram a ficar 4 m acima do normal. Com isso, bairros inteiros o centro do município ficaram alagados. Na manhã de hoje, o principal acesso à cidade também chegou a ser fechado.
Durante a noite, bombeiros fizeram a retiradas de cerca de 30 moradores das áreas mais atingidas. De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Rolante, Leandro Gottschlck, o município também estuda declarar situação de emergência em função das perdas.
Os locais mais atingidos até o momento são o bairro Grassmann, alguns pontos do bairro Contestado, as localidades de Rolantinho, Linha Reichert e Linha Petry, além do Centro da cidade, onde as principais avenidas tiveram que ser isoladas, em função do grande volume de água. A rua Heitor Arlindo Berg, conhecida como Estrada Velha, está interditada.