Água parada representa risco à população

No período chuvoso, aumenta a preocupação com os criadouros do mosquito Aedes aegypti

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Nos primeiros meses do ano, com as chuvas e acúmulo de água, aumenta a preocupação com a prevenção de doenças como chikungunya, zika, dengue e febre amarela, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.  De acordo com o 51º Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), de 1º janeiro ao dia 24 de dezembro de 2019, o número de casos de dengue no estado do Piauí aumentou em 318%. 

No entanto, terrenos baldios de Teresina vêm causando perigo por anos consecutivos. É o caso de um terreno com uma construção inacabada na Rua das Orquídeas, bairro de Fátima, zona Leste da cidade.

Crédito: José Alves Filho

O espaço está repleto de água parada e, em algumas localidades próximas aos tapumes, a população começou a jogar lixo. Vale ressaltar que o local tem como vizinhança residências, prédios e inclusive uma escola.

Jacir Pereira, morador da região, relata que tem medo de uma possível proliferação de mosquitos. "Já reclamamos, mas essa situação acontece todo ano. Depois a água seca e as pessoas esquecem", comenta.

Diante disso, a Gerência de Controle e Fiscalização da Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) - Leste informou que a obra em questão foi notificada e autuada pela equipe de fiscais.

A atenção também deve partir da população. Amélia Costa, coordenadora estadual de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Piauí  (Sesapi), disse que os mosquitos são gerados, muitas vezes, dentro da própria comunidade, devido ao acúmulo de lixo, principalmente em terrenos baldios.

"Embora a vigilância do ambiente seja bem intensiva, principalmente em Teresina, a gente vê justamente as pessoas jogando lixo na porta de suas casas", explica.

Estar atento aos locais próximos, que possam abrigar mosquitos, pode fazer toda a diferença para um combate às doenças que estão se tornando cada vez mais comuns nos primeiros meses do ano.

Linha férrea de Teresina está repleta de lixo

Crédito: José Alves Filho

Nas imediações da linha férrea do Metrô de Teresina, que possui 13,5 km de extensão, moradores realizam o descarte ilegal de lixo, formando possíveis criadouros de mosquitos transmissores de doenças. Perto do tradicional Mercado do Mafuá, a praça e o espaço entre linha férrea e muro, o lixo se acumula em meio a um dos períodos mais chuvosos do ano, gerando risco de doenças e sérios problemas ambientais.

Na passagem do patrimônio público da capital, são vários pontos de água parada, como garrafas de vidro e plástico abertas, privadas, tampinhas, sacos plásticos e latas que constroem um cenário de abandono e descaso.

Com relação ao lixo acumulado na linha férrea, no bairro Mafuá, na zona Norte, a Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU-Centro Norte) informou que enviou a demanda para a Gerência de Serviços Urbanos (GSU) e que o serviço será colocado na programação das equipes de limpeza.

As pessoas que quiserem denunciar esse tipo de situação podem ligar para 3215-7451 ou fazer a solicitação de limpeza através do aplicativo Colab.

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