Agredida, cadela vira-lata com paralisia é operada e ganha andador e ração no MS

Vira-lata paraplégica é operada e recebe doações

Cirurgia da cadela Mel durou cerca de 2 horas | G1
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A cadela Mel,de 3 meses de idade e que perdeu os movimentos das patas traseiras após ter sido agredida, passou por uma cirurgia na quarta-feira (21) em Campo Grande. Segundo a veterinária Ana Lúcia Salviatto, o animal está bem e recupera-se em uma clínica particular. A Polícia Civil investiga quem teria provocado os ferimentos na cachorrinha.

O procedimento levou 2 horas e foi feito pelo cirurgião ortopedista Thales Ovando, que descomprimiu a medula no local onde houve fratura na vértebra. De acordo com o médico, ainda não é possível saber se a cadela voltará a andar normalmente.

Mel deve ser submetida a outra cirurgia na pata traseira, em prazo médio de 15 dias, pois apresenta uma fratura na tíbia.

Devido à lesão na coluna, os membros inferiores de Mel ficaram paralisados. A cachorra continua recebendo medicação e vitaminas e já melhorou da anemia. ?A Mel está clinicamente bem, está faceira, nem parece que passou por uma cirurgia. Essa operação vai aumentar a qualidade de vida dela?, diz Ana Lúcia. Mel ainda recebe complementos para fortalecer os músculos.

Doações

A veterinária Raquel Masae Hosokawa, que também acompanha o tratamento de Mel, conta que, nos últimos dias, a clínica recebeu várias doações de medicamentos, fraldas e ração, além de dinheiro, para auxiliar nas despesas do tratamento de Mel.

"As pessoas nos procuram diariamente para saber como ajudar. Vamos fazer uma listagem de produtos necessários e também de custos, porque os médicos que atendem a Mel já estão prestando serviços com preço bastante reduzido", diz Raquel.

Como as chances de Mel voltar a andar são reduzidas, ela deve precisar de uma cadeira de rodas adaptada para poder se locomover. Um aparelho já foi doado, mas o tamanho é maior do que o necessário. A veterinária Ana Lúcia explica que o andador deve ser feito sob medida para o animal. Como a cachorrinha ainda é um filhote, ela vai precisar de pelo menos três cadeirinhas durante o desenvolvimento físico.

Investigação

No último sábado (17), a Polícia Civil interrogou o homem que levou a cachorrinha até a clínica. Em entrevista, ele negou envolvimento no caso, mas disse que presenciou a agressão. O homem, que preferiu não ter o seu nome divulgado, prestou depoimento à delegada Suzimar Batistela, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat).

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