A Aeronáutica confirmou, na manhã desta terça-feira, que foram localizados possíveis destroços do avião da Air France que desapareceu no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo. Os vestígios foram avistados em alto-mar, nas proximidades das ilhas São Pedro e São Paulo, a 800 km de Fernando de Noronha (PE). Também foram encontradas manchas de óleo no oceano.
As buscas foram retomadas, ainda durante a madrugada, pelas equipes da Força Aérea Brasileira (FAB). Quatro aeronaves decolaram de Natal (RN) e outra partiu de Fernando de Noronha com o objetivo de realizar uma varredura eletrônica nas freqüências de transmissão do localizador de emergência (ELT).
De acordo com a Aeronáutica, as buscas realizadas na região onde o comandante de uma aeronave da TAM disse ter avistado indícios de "pontos luminosos" sobre o mar, na rota inversa do vôo AFR 447, não tiveram sucesso. A área se referia ao espaço aéreo de Dakar, no Senegal. O navio mercante Douce France vasculhou a área reportada pelo avião da TAM, sem identificar qualquer vestígio do avião da Air France.
O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).