Revoltado após levar multas por excesso de velocidade, o advogado Edilberto Acácio da Silva, de 56 anos, resolveu contratar funcionários para segurarem placas de aviso sobre radares móveis em Ribeirão Preto (SP).
Ele colocou a ideia em prática depois que foi notificado por dirigir a 65 km/h na Avenida João Fiúsa, Zona Sul da cidade, em um ponto a 50 metros da casa dele. Os alertas custaram cerca de R$ 100 ao advogado.
Silva ainda gasta, em média, mais R$ 100 por dia para que as duas pessoas contratadas ostentem o aviso perto dos radares móveis. ?Estamos amparados pela Constituição Federal, podemos nos manifestar?, afirmou, citando que pretende continuar gastando para alertar os condutores no trânsito.
A maior reclamação dele é com relação aos equipamentos que ficam escondidos. ?Você não tem como aferir se esse radar está dentro dos padrões, com alguma falha?, disse.
Transerp
Em nota, a Transerp, empresa que gerencia o trânsito de Ribeirão, informou que desconhece a prática adotada pelo advogado e que mantém placas "educativas", com limite de velocidade, onde há radares em funcionamento.
O departamento comunicou ainda que a nova legislação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) desobriga o município de avisar os motoristas sobre os equipamentos.