O advogado Felisberto Odilon Córdova acusou o desembargador Eduardo Mattos Gallo Júnior, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, de cobrar propinas de R$ 700 mil para julgar favoravelmente uma ação na 1ª Câmara de Direito Civil. Córdova afirmou que a sessão foi comprada.
“Eu vou além, eu vou dizer que o julgamento que está acontecendo aqui é comprado. Estou fazendo uma denuncia. Este cidadão foi abordado com uma proposta que vem do Rio de Janeiro para receber R$ 500 mil. R$ 250 mil antes e R$ 250 mil depois e o descarado chegou a mandar para o nosso escritório uma contraproposta que poderíamos cobrir isto por R$ 700 mil. Eu insisto, isto aqui não é o Senado, não é a Câmara dos Deputados. Isso aqui é um Tribunal de Justiça, e é preciso que a moralidade surja e venha a termo, e que a promotoria inclusive assuma a investigação deste processo”, gritou o advogado em plena audiência.
O desembargador reagiu enfaticamente, ainda durante a sessão, quando o advogado era retirado do julgamento, e disse que ‘não vai admitir’ que o presidente da Câmara da Corte ‘não tome providências’. “Eu requeiro a prisão do advogado”.
Enquanto saía da 1ª Câmara, o advogado retrucou chamando o magistrado de ‘safado’. “Vamos os dois presos, que eu quero te quebrar a cara dentro da cela, vagabundo!”