O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) decidiu não conceder o registro de médico ao aluno da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) acusado de estupro, até que seja feita uma análise jurídica. Daniel Tarciso da Silva Cardoso responde a processo judicial por violentar uma estudante de medicina em uma festa em 2012. A vítima afirma que estava dopada quando foi estuprada.
Depois de uma sindicância, a USP puniu o aluno com uma suspensão de um ano e meio. Passada a suspensão, o estudante acusado de estupro, que é ex-policial militar e tem 35 anos, fez as provas e completou todos os créditos necessários para a conclusão do curso. Daniel ainda não chegou a solicitar ao Cremesp o seu registro, o que só poderá ser feito depois que ele colasse grau efetivamente.
Em nota, a Faculdade de Medicina da USP informou que "o caso está em análise jurídica pela Universidade de São Paulo para verificar se existe a obrigatoriedade de conceder a colação de grau ao aluno, após ele ter cumprido integralmente a suspensão que lhe foi imposta. Vale ressaltar, ainda, que o caso segue na Justiça".
Em deliberação plenária divulgada nesta quarta-feira (9), o Cremesp decidiu que a emissão do registro para Cardoso está suspensa até a análise os procedimentos administrativos aos quais ele foi submetido. Após a documentação ser avaliada pelo departamento jurídico do conselho, haverá uma nova reunião plenária para avaliar o caso.