O Abrigo São Lucas recebeu uma visita especial na manhã desta quinta-feira. Crianças e adolescentes do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) da Fundação Municipal de Saúde (FMS), realizaram uma emocionante ação alusiva ao período natalino. O objetivo foi promover atividades de intergeracionalidades e integralidade entre as crianças e adolescentes do CAPSi com os idosos.
A manhã no abrigo logo foi preenchida com apresentações musicais, dança e muita conversa. A assistente social Fernanda Almeida acompanhou a visita. “É uma troca de experiências, é se doar. Eles estão doando amor para os idosos, e crianças também participam dessa doação. A iniciativa do CAPSi é muito importante para nós”, disse. A instituição filantrópica, que funciona por intermédio de doações e benefícios de idosos, abriga 61 pessoas, sendo 31 homens e 30 mulheres, em situação de vulnerabilidade social, vítimas de abandono e negligência da família.
Francisco Severino dos Santos, está há seis meses no abrigo São Lucas. No começo do evento estava distante, mas logo foi para o meio da concentração. “Eu gostei e espero que venham mais vezes até nós”, disse.
Segundo a cuidadora informou a Maria Borges, são poucos os idosos que recebem visitas de familiares, por isso a importância de ações como esta. “Eles ficam muito felizes. Gostam de conversar, adoram receber gente, brincar e ter contato com outras pessoas”, explica.
Foi o primeiro evento de ação social de Natal realizado pelo CAPSi. Segundo a coordenadora do Centro, Sayonara Lima, o local com idosos foi ideal para um contato enriquecedor. “O objetivo é justamente fazer com que nossas crianças e adolescentes entendam que o Natal vai para além das comemorações festivas. Também é uma época de troca de afeto, partilha, respeito e aprendizado” falou.
Jairo Edvaldo, seis anos, aprendeu duas canções do cantor Roberto Carlos e se empolgou com as atividades no abrigo. “Eles precisam ser cuidados, pois são muito velhinhos, assim como avós”, disse a criança.
Mesmo pequeno, Jairo já tem uma certa facilidade de interagir e cuidar de idosos. Sua avó tem Alzheimer, doença que provoca compromete as funções cerebrais, com a perda de memória, por exemplo. “Em casa, ele leva a avó para o banheiro, troca de cômodo e está sempre atrás dela para auxiliar. Ele adorou a visita”, disse Celsa da Rocha, mãe do garoto.