A Pastoral de Rua de Teresina é um perfeito exemplo de como acolher os mais fracos. É um dos objetivos da igreja católica. Oferecendo refeições com apoio espiritual e psicológico, os voluntários trabalham para oferecer melhores condições de vida a pessoas em situação de rua. Além disso, a instituição também mantém uma república na Rua Arlindo Nogueira, que hoje acolhe 12 pessoas.
Crédito: Gabriel Paulino
Calcada na fé cristã e em terapias que podem ressocializar essas pessoas, além de mostrar novos rumos de vida, a ideia é demonstrar que com um pouco de esforço é possível melhorar a qualidade de vida do próximo.
É o que explica Isabel Oliveira, coordenadora de projetos da Pastoral de Rua. “Nós temos uma programação na casa. Os acolhidos têm horários para adentrar no espaço. Eles participam de dinâmicas, tomam banho, trocam de roupa, fazem higiene pessoal. Pela manhã, eles tomam café, participam de atividades como rodas de conversa, rodas de terapia, oficinas de artesanato, e depois é o almoço. Mas, para almoçar, eles têm que participar das atividades”, explica.
As atividades se estendem ao longo do dia. “Depois do almoço, eles descansam até as 14h, fazemos uma reunião de valor, oferecemos outra alimentação e eles vão para o albergue. Nós temos o objetivo da Pastoral, que é acolher, independente da situação. Nós fazemos um cadastro para saber quem vamos receber, com os dados de cada um”, acrescenta Isabel.
O trabalho só é possível graças à ação da sociedade civil organizada, que também apoia com mantimentos e força de trabalho. A coordenadora de Enfrentamento às Drogas (Cendrogas) também apoia a Pastoral. “Nós temos uma assistente social que acompanha eles para que eles participem das atividades, com acolhimento de domingo a domingo com o apoio de nossos voluntários”, completa a coordenadora.
Crédito: Divulgação
“Alimentação é uma isca”
Para padre João, coordenador-geral da Pastoral de Rua, os serviços são bem mais que as refeições oferecidas. É a busca pela dignidade humana. “A alimentação é uma isca. Para eles, é o mais importante, para a maioria. Mas é a forma que temos para espiritualizá-los e mostrar novos caminhos. Quando eles ficam o dia todo, fazemos atividades motivacionais através da psicanálise e terapias integrativas. Temos psicólogo, médico, assistente social e advogado”, explica.
A fé permanece em primeiro plano. “Aqui na casa nós temos dois momentos importantes, que é a oficina de Oração, dia de quinta-feira à tarde, com uma formação de espiritualidade, além de sábado, que vem um pessoal da renovação carismática. Domingo pela manhã tem a missa”, finaliza padre João.
Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação