Tomam posse nesta sexta-feira (1º) os prefeitos e vereadores eleitos no pleito municipal de 2020. Os mandatos serão de quatro anos e vão até o final de 2024. A exceção ficará por conta de 93 cidades, onde o resultado final ainda não foi oficialmente proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em função de pendências jurídicas e recursos contra a rejeição de pedidos de candidatura. As informações são da CNN.
É o caso, por exemplo, do questionamento sobre a Lei da Ficha Limpa atualmente em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF). Há também questionamentos sobre outros temas, como inconsistências em documentos e cumprimento de obrigações eleitorais.
O ministro Nunes Marques concedeu liminar para suspender o trecho que tornava inelegível o político condenado por oito anos após o cumprimento da pena. Para o ministro do STF, atendendo a um pedido do PDT, essa inelegibilidade deve ser mais curta e contar a partir do momento da condenação.
Em tese, portanto, candidatos como Adair Henriques (DEM), o mais votado em Bom Jesus de Goiás (GO), poderiam tomar posse. A conclusão do tema foi adiada pelo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. Para Barroso, a Justiça Eleitoral só deve aceitar esse novo entendimento quando o STF terminar de discutir o assunto, o que ainda não tem data para ocorrer
Até lá, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos que estão nessa situação ficam impedidos de tomar posse nesta sexta-feira.
Nas 93 cidades onde a situação está indefinida, os vereadores eleitos tomarão posse e, cumprindo o rito que já ocorre, elegerão o presidente da Câmara Municipal. O chefe do Legislativo, sendo o primeiro na linha sucessória, assume temporariamente até que a situação eleitoral esteja definida.
Se ao final, o candidato tiver o registro aceito, assume o mandato. Do contrário, no caso dos prefeitos, serão convocadas novas eleições.
Cerimônia online
A pandemia do novo coronavírus levou muitos eventos políticos a serem adaptados para as plataformas digitais. No entanto, a posse na maior parte das capitais brasileiras -- 21 das 26 -- será ao menos parcialmente presencial.
Na cidade de São Paulo, o evento marcado para as 15h será opcional. Tomam posse na cidade o prefeito reeleito Bruno Covas (PSDB), o vice-prefeito eleito Ricardo Nunes (MDB) e 55 vereadores.
Em seu site oficial, a Câmara Municipal diz que "recomenda ainda que as autoridades eleitas optem preferencialmente pelo sistema virtual". Pelas regras, a primeira sessão do Legislativo paulistano é presidida pelo vereador mais velho eleito — o que coloca Eduardo Suplicy (PT), aos 79 anos, na missão de conduzir os trabalhos.
As posses presenciais ainda estão previstas em diversas outras cidades, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Em Curitiba, Maceió, Teresina e Vitória o evento ocorrerá à distância pelas plataformas digitais.
Em Goiânia, apesar da posse dos vereadores ser presencial, o prefeito eleito Maguito Vilela (MDB) tomará posse direto da UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde está internado desde outubro, após contrair a Covid-19.
Prefeitos eleitos das capitais brasileiras
Aracaju (SE) - Edvaldo Nogueira (PDT)
Belém (PA) - Edmilson Rodrigues (PSOL)
Belo Horizonte (MG) - Alexandre Kalil (PSD)
Boa Vista (RR) - Arthur Henrique (MDB)
Campo Grande (MS) - Marquinhos Trad (PSD)
Cuiabá (MT) - Emanuel Pinheiro (MDB)
Curitiba (PR) - Rafael Greca (DEM)
Florianópolis (SC) - Gean Loureiro (DEM)
Fortaleza (CE) - José Sarto (PDT)
Goiânia (GO) - Maguito Vilela (MDB)
João Pessoa (PB) - Cícero Lucena (PP)
Macapá (AP) - Dr. Furlan (Cidadania)
Maceió (AL) - JHC (PSB)
Manaus (AM) - David Almeida (Avante)
Natal (RN) - Álvaro Dias (PSDB)
Palmas (TO) - Cinthia Ribeiro (PSDB)
Porto Alegre (RS) - Sebastião Melo (MDB)
Porto Velho (RO) - Hildon Chaves (PSDB)
Rio Branco (AC) - Tião Bocalom (PP)
Rio de Janeiro (RJ) - Eduardo Paes (DEM)
Salvador (BA) - Bruno Reis (DEM)
São Luís (MA) - Eduardo Braide (Podemos)
São Paulo (SP) - Bruno Covas (PSDB)
Teresina (PI) - Dr. Pessoa (MDB)
Vitória (ES) - Delegado Pazolini (Republicanos)