Enquanto o desemprego atinge profissionais em v?rios segmentos da economia no pa?s, o setor de tecnologia da informa??o (TI) no Cear? tem atualmente uma oferta de 800 vagas, ainda n?o preenchidas, para profissionais qualificados na ?rea. Os sal?rios para aqueles que se encaixarem no perfil exigido pelas empresas de tecnologia cearenses, a maioria do segmento de software, ficam entre R$ 1 mil e R$ 4 mil. A afirma??o vem de Lenardo Castro, presidente do Instituto Titan, entidade que re?ne as 20 maiores empresas de TI do Cear?.
Atualmente, as empresas locais de TI j? empregam 6 mil pessoas. Lenardo Castro destaca que, se o Cear? entrar no mercado de exporta??o de software ? pretens?o das empresas locais do setor que j? se concretiza em alguns casos ? o n?mero de vagas no setor salta de 800 para 1.300. ??Se o mercado n?o encontrar profissionais qualificados no Cear?, vai buscar l? fora??, diz o presidente do Instituto Titan. Para n?o chegar a tanto, o Titan j? apoia o governo estadual na cria??o da Universidade do Trabalho Digital (UTD), uma iniciativa que deve formar 5 mil profissionais por ano, focados nas demandas das empresas de tecnologia. Voltada para estudantes do ensino m?dio com voca??o para a tecnologia, mas que nem sempre t?m oportunidade de atingir o ensino superior, a UTD funcionar? no pr?dio do antigo Cine S?o Luiz, no Centro de Fortaleza.
Segundo Lenardo, o programa piloto da UTD come?a este ano, com a forma??o dos primeiros 100 profissionais at? janeiro pr?ximo. O presidente do Titan diz que para cada emprego gerado no setor de TI equivale um investimento de R$ 10 mil, que pode resultar numa gera??o de mais R$ 100 mil por ano. Ele ressalta que as empresas que comp?em o Instituto j? investiram R$ 1,5 milh?o na cria??o de um parque tecnol?gico no munic?pio de Eus?bio, com apoio da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), do governo federal, da prefeitura local e do governo do Estado.
Apoio governamental
Al?m do mercado externo, as empresas est?o de olho no or?amento do governo do Estado e da a prefeitura, que juntos somam 40% do PIB estadual. Representantes do setor de TI cearense, que contribui com pouco mais de 0,3% do PIB do Cear? ? mas que tem potencial para chegar a 5% at? o ano de 2015 ?, estiveram reunidos no in?cio do m?s com o governador Cid Gomes. Na ocasi?o, Cid anunciou que o governo decidiu n?o contratar empresas de fora para desenvolver seu sistema de gest?o governamental, um investimento previsto de R$ 10 milh?es.
Entretanto, para colocar o Cear? em um patamar competitivo com outras regi?es do pa?s e do exterior, o setor quer muito mais que isso. Maur?cio Brito, presidente do Sindicato das Empresas de Inform?tica, Telecomunica?es e Automa??o do Cear? (Seitac), refor?ou a grande preocupa??o do setor com a forma??o de recursos humanos, que segundo ele n?o vem tendo o apoio necess?rio das institui?es municipais, estaduais e federais.
Reivindica?es
Entre as reivindica?es, os empres?rios defendem, al?m da prefer?ncia nas compras governamentais, redu??o do ICMS sobre softwares e apoio para o aumento da competitividade das empresas locais. Um tratamento tribut?rio diferenciado tamb?m ? pleiteado pela presidente da Associa??o das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informa??o, Software e Internet, Caroline Mello. Lenardo Castro lembrou que o software, mesmo que seja produzido no Cear?, ? bi-taxado, tendo de pagar ICMS e ISS