Apenas este ano, o Piauí já registrou cerca de 800 focos de incêndio. Esse número representa uma alta de 40% comparado ao mesmo período de 2014, é o que dizem os dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Com a temperatura mais seca, a tendência é que esse número aumente.
O registro de focos de incêndio será mais numeroso ainda nos meses de agosto e setembro, é o que garante o major Egídio Leite, do Comando do Corpo de Bombeiros do Estado. Ele afirma que a principal causa dos incêndios ainda é a cultura de atear fogo em terrenos baldios, como forma de limpá-lo.
"Essas ocorrências estão associadas ao período seco com a cultura de não fazer limpeza constante nos terrenos. O que faz com que os proprietários mantenham a cultura de limpar o terreno ateando fogo nos matos. Isso só deve ocorrer em última instância, quando a atividade humana é inviável ao espaço. Mas na maioria das vezes são situações evitáveis", explica o major.
O major Egídio Leite revela que essa prática é reduzida no mês de outubro, por conta dos altos índices de incêndios em meses anteriores. "No final de julho, agosto e setembro, a previsão é que o número de incêndios aumente. E no mês de outubro diminua, porque boa parte dos matos que secaram já foi queimada", destaca.
Para reduzir esse número, o major Egídio acredita que a população pode contribuir, evitando danos tanto ao meio ambiente, quanto para as próprias pessoas, que acabam tendo a respiração comprometida.
"Os proprietários devem realizar limpezas nos locais frequentemente e de maneira adequada, sem ultrapassar o espaço pretendido. O ato de atear fogo sem os devidos cuidados é o principal responsável de incêndio florestal.
Isso compromete o nosso patrimônio da flora e da fauna, o ar e ainda contribui para o aumento da temperatura", sugere o major.