Um levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, aponta que 60% dos 2,8 mil pacientes que são atendidos mensalmente na unidade já chegam com alguma doença, mas não conhecem suas condições de saúde.
A demora em procurar o especialista atrasa o diagnóstico e faz com que uma simples complicação passe a ser um quadro grave, o que leva, em muitos casos, à intervenção cirúrgica.
De acordo com o médico responsável pelo serviço de Urologia, Joaquim Claro, visitar o médico apenas quando sente fortes dores, ou quando há grande dificuldade para urinar, é uma atitude comum entre os homens.
- Eles se consideram super-homens e acham que vir ao consultório é sinônimo de fraqueza, mas as consultas de rotina são capazes de evitar desde as doenças comuns, como o crescimento benigno da próstata, até as mais graves, como câncer.
De acordo com a secretaria de saúde, dentre as pessoas atendidas mensalmente no centro de referência, aproximadamente 250 passam por alguma cirurgia, seja para a retirada de cálculos renais ou para operar a próstata.
- Na maioria dos casos, a prevenção poderia evitar essas intervenções cirúrgicas e o paciente seria tratado apenas com medicamentos.
No caso de exame de próstata, explicado o urologista, há ainda o preconceito e a vergonha, fazendo com que boa parte dos homens não realize o exame de toque, fundamental para diagnóstico do tumor.
- O acompanhamento médico deve ocorrer desde o nascimento, passando pela puberdade. E após os 40 anos, o homem precisa comparecer ao médico pelo menos uma vez ao ano. A prevenção é fundamental para se viver mais e melhor.