A Polícia Civil do Maranhão prendeu nesta terça-feira (1º) cinco funcionários da Guarda Municipal do Viana, localizado a 217 km de São Luís, por suspeita de integrar um grupo que praticava abuso de autoridade na região. As informações são do Blog do Gilberto.
De acordo com as investigações, os guardas realizavam abordagens e apreendiam armas de fogos que não eram apresentadas na delegacia. Além disso, uma denúncia realizada alegou que o grupo também praticava ameaças à população e ostentavam o armamento nas vias públicas do município de Viana.
A Superintendência Estadual de Combate ao Narcotráfico (Senarc) expediu oito mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. Durante a operação, quatro pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e associação criminosa armada e a quinta pessoa por conta do mandado de prisão preventiva expedido contra ele.
Entre os presos, estão José Raimundo Costa, conhecido por ‘Manelão’; João Batista Meireles, o ‘Curica’; Rayones Queiroz de Sousa, Francisco de Assis Mendonça Neto e Marcio Aurélio Mendonça. A operação também foi realizada na residência de Raimundo dos Santos Baia Pinheiro, que ao ser abordado pela polícia reagiu com disparos. O suspeito que possui passagem pela polícia foi atingido e levado para o Hospital Municipal de Viana.
“As investigações se iniciaram a partir de denúncias que chegaram a Polícia Civil local de que pessoas eram abordadas e tinham arma de fogo subtraídas e outros objetos, que não eram apresentados na delegacia. Sendo que quatro deles foram presos em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e associação criminosa armada. E contra a quinta pessoa foi cumprido um mandado de prisão preventiva que existia contra ele”, explicou o delegado Guilherme Campelo, Superintendente da Polícia Civil do Interior (SPCI).
Com os suspeitos, foram apreendidos três armas de fogo, uma espingarda desmontada, 74 munições de calibres variados, dois simulacros de arma de fogo e seis placas para colete a prova de balas. Ainda segundo Guilherme Campelo, também foram apreendidas balaclavas que podem representar o envolvimento dos agentes em outros crimes.
“Foram coletados e apreendidos diversos materiais, inclusive diversos coletes balísticos na residência dos mesmos, eles estão sem identificação o que denota que provavelmente a origem deles não é ilícita, não há numeração de série, o que dificulta a identificação. Eles podem ter sido subtraídos de empresas de valores. Além disso, foram coletadas inúmeras armas de fogo, munições de diversos calibres, encontradas balaclavas, o que denota a prática de outros crimes”, disse o delegado.
As investigações sobre as denúncias continuam sendo realizadas pela Senarc e Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI). Os presos devem responder inicialmente pelos crimes de associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo e munição.