200 famílias vivem drama em ocupação no Angelim II

A ocupação tem um pouco mais de duas semanas

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O sonho da casa própria que está nos informes publicitários da televisão não é mesmo dos moradores de uma “invasão” no bairro Angelim II, zona Sul de Teresina. É que a ocupação que leva o poético nome Parque dos Sonhos mais parece um pesadelo para as 200 famílias que resistem à truculência e à falta de sensibilidade do poder público.

A história da ocupação é recente, tem pouco mais de duas semanas, mas o cenário da região mudou completamente. O que antes era um matagal onde eram escondidas motos roubadas e criminosos, hoje é um espaço limpo, capinado por homens e mulheres que estão na luta por um pedaço de chão. E quem diz isso são os moradores antigos do entorno, que já possuem residência regularizada junto à Prefeitura Municipal de Teresina.

Segundo a população, existe um abandono para com aquela região do bairro Angelim II. A exemplo da quadra poliesportiva demarcada no centro da invasão, mas que não foi conclusa. “A gente que mora faz tempo aqui apoiamos os moradores que estão na ocupação, porque antes a prefeitura não nos dava nenhuma atenção. Somos esquecidos! Até a quadra aí nunca terminaram. E só tinha o que não prestava no matagal que eles capinaram e estão morando. Apoiamos eles sim!”, afirma a dona de casa Joana D'Arc Teles.

“Nos reunimos e decidimos invadir porque aqui era muito ruim, cheio de mato. Só o que tinha aqui era lama na chuva e queimada o tempo todo”, diz Francileda de Oliveira. “A gente não tem casa, queremos morar aqui. Eles derrubaram nossas casas, estamos morando no relento dos terreno”, declara a dona de casa Andressa Laisa. “Essa área aí era cheia de mato, e a gente só quer ter um teto pra morar. Eles deviam pensar melhor no que estão fazendo”, completa o operador de telemarketing Mayco Filipi.

Prefeitura defende interesse público

Segundo Alberto Melo, assistente técnico da Gerência de Fiscalização da Superintendência de Desenvolvimento Urbano da zonal Sul (SDU/Sul), a Prefeitura Municipal de Teresina defende o interesse público. “As gerências de fiscalização das SDUs defendem as áreas verde da Prefeitura Municipal de Teresina. Nessas áreas são construídas creches, hospitais, maternidades. Nós esperamos o crescimento do bairro para ver qual a necessidade”, afirma.

Mas quando a necessidade é a moradia, Alberto Melo ressalta a existência de programas habitacionais. “Nós não temos como dizer que cada uma daquelas pessoas precisa de um casa, além disso existem programas habitacionais, isso é com a SEMDUH. Nosso trabalho é difícil, mas é necessário para o interesse público”, reitera o assistente técnico. Procurada, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEMDUH) não apresentou retorno até o fechamento desta reportagem.  

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