Seis entidades que representam pacientes com doenças crônicas e imunossupressão estarão juntas, nesta quinta (16), às 9h30, em frente à Farmácia do Povo, para a realização do ato UNIDOS PELA VIDA. Apostando na união de força, o grupo pretende mostrar a realidade das pessoas que dependem da Farmácia do Povo no Piauí e também reivindicar todas as medicações que estão em falta no espaço, que é de responsabilidade do Governo do Estado.
Alguns dos medicamentos, essenciais para a vida de milhares de pacientes, já faltam há um ano. Mesmo com muitas cobranças, reuniões e audiências no Ministério Público do Piauí, a situação não vem sendo resolvida. Dos 19 medicamentos dispensados para pessoas com diabetes, por exemplo, apenas quatro estão no estoque da farmácia e esta é uma situação recorrente.
“A Farmácia do Povo tem um grave problema crônico de desabastecimento. Isso traz sofrimento, morte, podendo ser considerado como um grave crime contra a vida”, afirma Jeane Melo, presidente da Associação dos Diabéticos do Piauí (ADIP).
Pacientes de várias patologias e representantes da Associação dos Diabéticos do Piauí, da Associação dos Pacientes Renais Crônicos do Piauí, da Associação dos Hemofílicos do Piauí, da Associação Piauiense dos Pré e Pós-Transplantados, da Associação de Anemia Falciforme do Piauí e do movimento Visibilidade Tx estarão juntos para chamar a atenção para o problema e solicitar um encontro com o governador Wellington Dias e o secretário de Saúde do Estado, Florentino Neto.
“A morosidade dos processos, o excesso de burocracia, a falta de pagamentos aos fornecedores e a falta de senso de prioridade vem sendo demonstradas como os maiores entraves para que o Governo do Estado venha a cumprir o seu papel. Nada disso promove a saúde e a qualidade de vida dos piauienses. A nossa intenção é gerar um movimento capaz de promover um interesse maior da gestão neste momento tão desesperador para milhares de cidadãos que não têm os seus direitos respeitados. Como diz a constituição em seu artigo 196, “A saúde é um direito de todos e dever do Estado”, e os doentes crônicos e imunossuprimidos não podem esperar mais”, complementa Jeane.