Uma ação conjunta da Polícia Federal, da Força Nacional e do Ibama incendiou 131 balsas que realizavam garimpo ilegal no Rio Madeira, no Amazonas, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (29). A Operação Uiara começou no último sábado (27) para combater a extração de ouro e continua na região amazônica, tendo passado por mais de 100 quilômetros do rio.
A ação das forças federais acontece após a repercussão de imagens de centenas de balsas aglomeradas em trecho do rio na altura da cidade de Autazes, a 113 quilômetros de Manaus. Antes, os garimpeiros se espalhavam pela extensão do rio. O garimpo fluvial ilegal é comum no Rio Madeira e em outros que cortam a Amazônia.
Segundo o Greenpeace, cerca de 70 balsas foram destruídas no último sábado (27), parte dos equipamentos de garimpagem destruídos já havia saído da cidade de Autazes, onde haviam sido originalmente flagrados, e já se encontravam em cidades vizinhas como Nova Olinda do Norte. Ainda segundo o Greenpeace, dez garimpeiros foram presos e vários outros fugiram se escondendo na mata, e não há relatos de feridos.
“É uma questão de vontade política. Por isso, esperamos que o presidente Bolsonaro aceite a realidade e não poupe recursos para que ações como esta sejam reproduzidas nos muitos territórios conflagrados pela extração ilegal de ouro, a exemplo das terras indígenas Munduruku, Yanomami e Kayapó”, disse Danicley de Aguiar, porta-voz da campanha Amazônia, do Greenpeace, em postagem nas redes sociais.
Vigilância
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse para jornalistas em Brasília que as atividades do garimpo ilegal na região do Rio Madeira já foi devidamente dispersada.
"Tem que manter uma vigilância constante, porque tem ouro lá, se não houver a vigilância, volta", afirmou. Mourão preside o Conselho da Amazônia. "Quem está ilegal tem que ser o equipamento dele apreendido ou destruído", completou.
Com informações do ig