1ª vez em 6 anos: Desperdício de água diminui no Brasil, mas segue longe da meta

Estudo do Instituto Trata Brasil aponta que 37,8% de toda água tratada no país é perdida antes de chegar às residências.

Pessoa lavando as mãos na torneira | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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Após seis anos consecutivos de aumento, o desperdício de água no Brasil finalmente diminuiu, mas ainda está longe do nível considerado aceitável. Um estudo do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta quarta-feira (5), revelou que, em 2022, 37,8% de toda a água potável produzida no país foi perdida antes de chegar às residências. Em 2021, essa perda era de 40,3%.

Embora tenha havido uma melhoria, o percentual atual ainda está distante do patamar aceitável estabelecido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que é de 25%. Segundo uma portaria da pasta, o Brasil tem até 2034 para alcançar esse índice.

O estudo indica que, em 2022, o volume total de água desperdiçada anualmente devido a vazamentos nas redes, desvios ilegais (conhecidos como "gatos"), erros de medição dos hidrômetros e outros problemas atingiu 7 bilhões de metros cúbicos.

O levantamento, baseado em dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), inclui uma análise geral do Brasil, das regiões, das 27 unidades da Federação e dos 100 municípios mais populosos do país. 

DIFERENÇAS REGIONAIS

O cenário de perdas de água no Brasil varia significativamente entre as regiões. O Norte e o Nordeste apresentam os maiores índices de desperdício, com 46,9% e 46,7%, respectivamente. Em contraste, as regiões Sul (36,7%), Centro-Oeste (35%) e Sudeste (34%) registram índices um pouco abaixo da média nacional de 37,8%.

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