Na tarde desta terça-feira (18), os timonenses foram surpreendidos por um fenômeno atmosférico raro: uma nuvem funil, visível no céu da cidade. O fenômeno ocorre quando uma nuvem cúmulo-nimbus apresenta uma coluna rotativa de vento, semelhante a um tornado, e se estende em formato de cone, mas não atinge a superfície. O formato chamou a atenção por sua aparência impressionante.
Segundo o meteorologista Werton Costa, a nuvem funil se forma devido à circulação atmosférica dentro de uma nuvem de tempestade, como a cúmulo-nimbus.
"Como funil, ela não só é afunilada, mas ela apresenta uma sutil rotação, ela gira. E aí é que está o grande segredo, se esse funil se projeta até a superfície, ele passa a ser um tornado. Só que os tornados clássicos, eles são tornados formados em uma supercélula, que é uma cúmulo nimbus que gira inteira, não é o nosso caso, nós não temos supercélulas na nossa região, em Teresina. O que nós temos é a base de um cúmulo nimbus e um único pedaço dessa nuvem que gira", explica.
Costa ainda explica que, no caso de nuvens funil formadas em regiões como a de Timon e Teresina, elas são chamadas de "landspouts", fenômenos pouco violentos, devido à ausência de supercélulas na região. Tornados formados por supercélulas são mais intensos e apresentam um comportamento muito mais destrutivo. O especialista ressalta que este tipo de nuvem é mais comum no litoral, onde, ao atingir a água, se transforma em um "waterspout", um tipo de tornado aquático.
O flagrante da nuvem funil foi registrado pelo professor Fernando Silva, que compartilhou a imagem nas redes sociais. O evento gerou curiosidade entre os moradores e, apesar de sua raridade, é considerado um fenômeno natural que ocorre esporadicamente na região.