Os advogados Maysa Chrislayne de Assis Sousa Silva e Jonas Rocha foram presos em Timon (MA) durante a Operação Mercúrio, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão. Os dois são investigados por suspeita de agir como intermediários para o Bonde dos 40, uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios.
O PERFIL DOS ADVOGADOS
Maysa Chrislayne é advogada criminalista e já foi presidente da Comissão da Jovem Advocacia da OAB em Timon. Já Jonas Rocha atua como advogado criminal, conciliador, mediador, professor e palestrante.
AS ACUSAÇÕES
De acordo com o Gaeco, os dois advogados teriam papel fundamental no esquema criminoso, sendo responsáveis por levar e trazer informações entre integrantes da facção presos e aqueles em liberdade.
As mensagens, entregues por meio de bilhetes e cartas, contavam com ordens para cobranças de dívidas relacionadas ao tráfico de drogas, organização de remessas de entorpecentes para os presídios e instruções para pontos de venda de drogas fora das unidades prisionais.
Durante as investigações, um dos advogados foi flagrado entregando drogas para detentos durante visitas profissionais. Após receber os entorpecentes, os presos engoliam as substâncias para evitar a detecção e, em seguida, as revendiam dentro das celas.
A OPERAÇÃO
A Operação Mercúrio também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao caso. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados do Maranhão.
A ação contou com o apoio das Polícias Civil e Militar do Maranhão, da Polícia Civil do Piauí e dos Ministérios Públicos do Distrito Federal e do Piauí.
O espaço está aberto para a defesa dos advogados Maysa Chrislayne de Assis Sousa Silva e Jonas Rocha.
O NOME DA OPERAÇÃO
A escolha do nome “Mercúrio” faz alusão ao deus da mitologia romana, conhecido por ser mensageiro, simbolizando o papel desempenhado pelos advogados no esquema.